Valls declara apoio a Macron para evitar vitória de Le Pen
O antigo primeiro-ministro socialista anunciou que irá votar no mais forte candidato à vitória presidencial.
O ex-primeiro-ministro francês Manuel Valls anunciou nesta quarta-feira que irá votar em Emmanuel Macron. O socialista francês quer garantir que a candidata da extrema-direita francesa, Marine Le Pen - dada como vencedora da primeira volta em todas as sondagens – não consegue vencer as eleições, mesmo passando à segunda volta, justificou.
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O ex-primeiro-ministro francês Manuel Valls anunciou nesta quarta-feira que irá votar em Emmanuel Macron. O socialista francês quer garantir que a candidata da extrema-direita francesa, Marine Le Pen - dada como vencedora da primeira volta em todas as sondagens – não consegue vencer as eleições, mesmo passando à segunda volta, justificou.
“Não vou correr riscos”, declarou Manuel Valls, em declarações a um canal de televisão francês. A decisão é tomada em nome "da República e pela França", acrescentou. No entanto, esta declaração de voto não quer dizer que o ex-primeiro-ministro socialista tenha decidido juntar-se à candidatura do seu ex-ministro da Economia, com o qual se incompatibilizou, ainda antes da sua saída do Governi.
"Quero dar mais força ao candidato reformista e progressista", continuou Valls. "É uma decisão responsável, mas não quer dizer que esteja de acordo com ele, sublinhou.
Várias sondagens mostram um cenário de vitória para Macron, com cerca de 60%, na segunda volta, face a Le Pen.
O político socialista afirmou que não irá votar no candidato do seu partido, Benoît Hamon, que derrotou Valls nas primárias., mesmo arriscando, com a sua escolha, dar o golpe final no PS, que está já enfraquecido eleitoralmente e profundamente dividido. "O interesse do país ultrapassa as regras de um partido", declarou.
Do lado de Emmanuel Macron, o apoio de Manuel Valls não foi recebido com grande entusiasmo. Ele costuma dizer que não é porto de abrigo "para socialistas perdidos". Por isso o candidato agradeceu a Valls, mas mencionou a necessidade de "renovar os rostos" da política, deixando entender, diz o Libération, que não chamará o ex-primeiro-ministro para o seu círculo de governação, caso seja de facto eleito Presidente.