Parlamento escocês exige referendo, Londres confirma recusa

Nicola Sturgeon mandatada para negociar com Londres nova consulta sobre a independência durante o processo do "Brexit".

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Nicola Sturgeon quer referendar de novo a independência da Escócia ROBERT PERRY/EPA

O parlamento autónomo escocês aprovou a proposta da primeira-ministra Nicola Sturgeon para que se realize um novo referendo sobre a independência, entre o final de 2018 e 2019, desencadeado pelo início do processo do “Brexit”. Mas o Governo de Londres rejeita este calendário.

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O parlamento autónomo escocês aprovou a proposta da primeira-ministra Nicola Sturgeon para que se realize um novo referendo sobre a independência, entre o final de 2018 e 2019, desencadeado pelo início do processo do “Brexit”. Mas o Governo de Londres rejeita este calendário.

A proposta, que dividiu o parlamento de Edimburgo em 69 votos a favor (Os Verdes apoiaram as intenções do Partido Nacional Escocês) e 59 contra, dá a Sturgeon poderes para abrir negociações com Londres para promover novo referendo. A primeira-ministra britânica, Theresa May, diz que não vai autorizar uma nova consulta enquanto durarem as negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia, afirmando que “não é a altura certa”.

Frisou-o de novo na segunda-feira em Glasgow, num encontro com Sturgeon, em que a líder escocesa disse estar frustrada por “um processo que parece não estar a ouvir” todos os envolvidos.

A interpretação de Londres é diferente: “Seria injusto para o povo escocês pedir-lhes para tomarem uma decisão crucial sem terem informações cruciais sobre as nossas relações futuras com a União Europeia, ou sobre o que poderá ser uma Escócia independente”, diz uma declaração oficial do Governo britânico, citada pela Reuters.

Em 2014, no primeiro referendo, 55% dos escoceses rejeitaram a independência do Reino Unido.