Scotland Yard liderada por uma mulher pela primeira vez em 188 anos

Cressida Dick, a nova comissária da polícia metropolitana de Londres, comandou operação que culminou na morte de Jean Charles de Menezes em 2005 por engano.

Foto
Dick acabou ilibada por um tribunal do caso da morte de Menezes Reuters/Stephen Hird

Cressida Dick tornou-se nesta quarta-feira a primeira mulher a liderar a polícia metropolitana de Londres. É a primeira vez que tal acontece nos 188 anos de história da polícia mais conhecida como Scotland Yard.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Cressida Dick tornou-se nesta quarta-feira a primeira mulher a liderar a polícia metropolitana de Londres. É a primeira vez que tal acontece nos 188 anos de história da polícia mais conhecida como Scotland Yard.

Dick, de 56 anos, desempenhava o cargo de directora-geral do Gabinete de Relações Externas britânico, o equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, tendo sido nomeada depois de o painel de jurados, em que se incluía o mayor da capital inglesa, Sadiq Khan, ter entrevistado os vários candidatos ao posto.

A nova comissária da polícia metropolitana já tinha liderado o departamento de contraterrorismo da Scotland Yard. Nessas funções comandou uma operação que culminou na morte de Jean Charles de Menezes, que foi confundido com Hussain Osman, suspeito de ser um dos autores dos atentados de 21 de Julho de 2005 no metro e em autocarros de Londres.O caso chegou aos tribunais, onde, em 2007, Dick foi ilibada de quaisquer responsabilidades pessoais.

Apesar da decisão judicial, uma prima de Menezes divulgou um comunicado em nome da família expressando “sérias preocupações pela nomeação”. “A mensagem da nomeação de hoje é que os oficiais da polícia podem agir de forma impune”, lê-se ainda no comunicado citado pelo Guardian.