Pedro Sánchez apresenta candidatura à liderança do PSOE
Anúncio surge meses depois de Sánchez ter sido afastado, derrotado num braço-de-ferro com as facções do partido socialista espanhol.
O ex-líder dos socialistas espanhóis, Pedro Sánchez, anunciou este sábado que é candidato ao cargo de secretário-geral do PSOE nas eleições primárias que vão decorrer este ano. Sánchez terá, para já, a oposição do ex-presidente do País Basco, Patxi López.
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O ex-líder dos socialistas espanhóis, Pedro Sánchez, anunciou este sábado que é candidato ao cargo de secretário-geral do PSOE nas eleições primárias que vão decorrer este ano. Sánchez terá, para já, a oposição do ex-presidente do País Basco, Patxi López.
Apesar de ainda não ter anunciado oficialmente, a presidente da Junta da Andaluzia, Susana Díaz, está também a preparar terreno para uma eventual candidatura à liderança do PSOE. A queda de Sánchez foi precipitada pelo núcleo próximo de Díaz, numa muito agitada reunião do comité federal do partido.
Sánchez pretende regressar ao cargo que abandonou em Outubro, depois de ter perdido uma guerra interna contra as facções críticas da sua liderança. Na altura, Sánchez opunha-se à opção dos deputados socialistas em abster-se durante a sessão de investidura do Governo do Partido Popular, permitindo a sua posse.
"Demonstrei que não me escondo, sobretudo durante os momentos difíceis", disse Sánchez durante um encontro com apoiantes na Andaluzia - o centro de poder de Susana Díaz. No discurso, Sánchez voltou a referir-se à abstenção socialista que permitiu a investidura do Governo conservador como "um erro".
"Vamos lançar-nos numa aventura colectiva de base ampla, sem rótulos e com uma condição: somos socialistas e queremos derrotar a direita para transformar o nosso país e garantir um futuro próspero para o nosso povo", afirmou o candidato, de acordo com o El País.
Apresentou as primárias do PSOE como "um plebiscito" entre duas opções: "A nossa, um partido de esquerda onde os militantes decidem, ou aquela que se absteve perante Rajoy e deixou o PSOE em terra de ninguém."