SNS nunca teve tantos recursos como agora, diz ministro
Marcelo Rebelo de Sousa e Adalberto Campos estiveram no Centro de Saúde de Sete Rios para sensibilizar a população a procurar estes serviços em vez das urgências hospitalares.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, rejeitou nesta sexta-feira que existam hospitais em ruptura devido à epidemia de gripe, frisando que “nunca, como agora, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) teve tantos recursos humanos”, o que se fica a dever, acrescentou, à entrada de mais quatro mil profissionais durante o ano que agora está a terminar.
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O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, rejeitou nesta sexta-feira que existam hospitais em ruptura devido à epidemia de gripe, frisando que “nunca, como agora, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) teve tantos recursos humanos”, o que se fica a dever, acrescentou, à entrada de mais quatro mil profissionais durante o ano que agora está a terminar.
O ministro falava aos jornalistas durante uma visita que fez, ao final da tarde, ao Centro de Saúde de Sete Rios, na qual foi acompanhado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. “Estou aqui para acompanhar a evolução da situação, o que continuarei a fazer nas próximas semanas com visitas a outras unidades de saúde”, disse.
Marcelo juntou-se aos apelos do Governo para que as pessoas se vacinem contra a gripe, embora tenha admitido que ele próprio ainda não o fez, por pensar que ficou imunizado com um princípio de gripe que apanhou durante a sua deslocação ao Reino Unido, no mês passado. “Mas já prometi ao Sr. Ministro que me vou vacinar”, acrescentou.
Tanto Marcelo, como Adalberto Campos Fernandes apelaram também à população para que recorram aos centros de saúde, “em vez de irem a correr para as urgências”. O ministro revelou, a propósito, que há 200 centros de saúde em horário prolongado para fazer face à epidemia de gripe. Segundo Adalberto Campos Fernandes, a afluência aos cuidados de saúde registou neste período um aumento de 30%, o que considerou normal para a época.
Nesta quinta-feira, o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (Insa) deu conta de que a mortalidade está acima do esperado para esta altura do ano. No seu boletim de vigilância epidemiológica, é visível o crescimento da mortalidade já na semana anterior ao Natal.
Urgências sobrelotadas
Esta situação decorrerá em parte da epidemia da gripe, mas também do frio que se tem feito sentir, já que naquele período o valor médio da temperatura mínima foi de 3,2ºC, “muito inferior ao valor normal” para o mês de Dezembro.
O tipo de vírus da gripe que predomina este ano é o A (H3N2), que afecta sobretudo idosos e pessoas com doenças crónicas e tem grande impacto na mortalidade. Este tipo de vírus propaga-se com muita facilidade e origina habitualmente epidemias de grande intensidade, explicou a subdirectora geral da saúde, Graça Freitas.
Devido à epidemia da gripe, muitas urgências dos hospitais têm estado sobrelotadas e com tempos de espera de mais de cinco horas. Para evitar ainda maiores afluxos foram dadas indicações aos centros de saúde para alargarem os seus horários e estarem abertos no fim-de-semana do Ano Novo. com Alexandra Campos