Ministério abre quadros a mais de três mil professores contratados
Nova proposta do Ministério da Educação estabelece 12 anos como tempo mínimo para entrada nos quadros.
O Ministério da Educação baixou de 20 para 12 anos o tempo mínimo de serviço que propõe para a entrada nos quadros de professores contratados. Com a nova proposta do ME, que chegou ao princípio da noite desta sexta-feira aos sindicatos, poderão entrar no quadro entre 3696 a 5365 contratados, adiantou ao PÚBLICO o dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Vítor Godinho.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Ministério da Educação baixou de 20 para 12 anos o tempo mínimo de serviço que propõe para a entrada nos quadros de professores contratados. Com a nova proposta do ME, que chegou ao princípio da noite desta sexta-feira aos sindicatos, poderão entrar no quadro entre 3696 a 5365 contratados, adiantou ao PÚBLICO o dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Vítor Godinho.
Ressalvando que esta é uma primeira estimativa, Godinho adiantou que será mais provável que o número de entradas se aproxime mais do limiar mínimo do que no máximo porque além dos 12 anos de serviços, os professores a vincular terão também de ter estado contratados em cinco dos últimos seis anos. Com o tempo de 20 anos de serviço a vinculação abrangeria pouco mais de 100 professores.
“Há um avanço do ministério, mas para nós este é para já um bom ponto de partida já que não abdicamos de chegar aos professores com cinco anos de serviço”, indicou. A Fenprof apresentou nesta quinta-feira uma proposta com vista a uma vinculação em três fases, que no final abrangeria, até 2019, cerca de 20 mil professores. A proposta apresentada pelo ME prevê um só processo de vinculação extraordinária.
“Se este for só um primeiro momento, tudo bem. Se tal não acontecer, reconhecemos o avanço feito pelo ministério, mas a proposta não terá o aval da Fenprof”, adiantou Vítor Godinho. As negociações prosseguirão em Janeiro no âmbito da revisão da legislação que rege os concursos de colocação de professores.
Em declarações à Lusa, a presidente do Sindicato Independente dos Profissionais de Educação, Júlia Azevedo, considerou que a proposta do ME é uma “boa notícia”, mas disse que ainda espera que a tutela siga a recomendação que, em 2010, foi aprovada pelo parlamento, com vista à vinculação de todos os docentes com pelo menos 10 anos de serviço.