Guterres é a “pessoa mais qualificada” para a ONU
A aposta do Governo na candidatura de António Guterres a secretário-geral da ONU é reafirmada pelo primeiro-ministro. “Nós desejamos para as Nações Unidas um secretário-geral que seja a pessoa mais qualificada para o poder exercer e é nesse sentido que apresentámos a candidatura do engenheiro António Guterres.”
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A aposta do Governo na candidatura de António Guterres a secretário-geral da ONU é reafirmada pelo primeiro-ministro. “Nós desejamos para as Nações Unidas um secretário-geral que seja a pessoa mais qualificada para o poder exercer e é nesse sentido que apresentámos a candidatura do engenheiro António Guterres.”
Amanhã, o nome de Guterres volta a ser votado no Conselho de Segurança da ONU, numa importante votação, já que, pela primeira vez, se vai saber o sentido de voto dos cinco membros permanentes (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) – o Conselho de Segurança é constituído por quinze países. Ao PÚBLICO, António Costa frisa que “o pressuposto” da candidatura de Guterres “não é ele ser português, é ele ser a melhor pessoa para exercer as funções como secretário-geral das Nações Unidas”.
O primeiro-ministro sublinha a importância do consenso que Guterres tem obtido: “Vemos com muita satisfação que, depois de um longo processo de debate público e de audições públicas, em cinco votações consecutivas, sistematicamente António Guterres ficou destacado em primeiro lugar, sendo reconhecido como a pessoa em melhores condições para exercer as funções de secretário-geral das Nações Unidas.” E mostra-se convicto da eleição: “Estamos certos que, se for esse o critério de escolha, o engenheiro António Guterres dedicará os próximos anos da sua vida a prosseguir o trabalho a favor da Humanidade como secretário-geral das Nações Unidas.”
Assumindo que o Governo tem apostado a cem por cento nesta eleição, confessa que tem defendido esta candidatura “com todos os outros líderes europeus ou não europeus” com quem tem falado e que é “obviamente faz parte da chek- list das missões diplomáticas de qualquer agente político português a promoção dessa candidatura”.
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Primeira parte da entrevista