A “Dama de ferro” continua a coleccionar metal precioso
Katinka Hosszú arrebatou medalha nos 100m costas.
Aqueles que chamam “Dama de ferro” a Katinka Hosszú podem em breve ter de começar a chamar-lhe “Dama” de outro metal. Depois de ter batido, por mais de dois segundos, o recorde do mundo dos 400m estilos, a nadadora húngara arrebatou a segunda medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, com um desempenho notável nos 100m costas. Hosszú virou aos 50m na sexta posição, mas mostrou-se imparável na segunda parte da prova e voltou a subir ao lugar mais alto do pódio. A jornada nocturna de sexta-feira no Rio 2016 ficou também marcada por dois novos recordes olímpicos nos 100m costas masculinos e nos 100m bruços femininos.
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Aqueles que chamam “Dama de ferro” a Katinka Hosszú podem em breve ter de começar a chamar-lhe “Dama” de outro metal. Depois de ter batido, por mais de dois segundos, o recorde do mundo dos 400m estilos, a nadadora húngara arrebatou a segunda medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, com um desempenho notável nos 100m costas. Hosszú virou aos 50m na sexta posição, mas mostrou-se imparável na segunda parte da prova e voltou a subir ao lugar mais alto do pódio. A jornada nocturna de sexta-feira no Rio 2016 ficou também marcada por dois novos recordes olímpicos nos 100m costas masculinos e nos 100m bruços femininos.
Depois de se ter mostrado intocável nos 400m estilos, Katinka Hosszú exibiu uma face humana na primeira metade da prova dos 100m costas, tendo virado aos 50m em sexto lugar. Mas 29,61s depois, estava de volta a “Dama de ferro” em todo o seu esplendor, arrebatando a liderança e relegando a norte-americana Kathleen Baker (58,75s) para o segundo lugar do pódio. A prova teve ainda duas medalhas de bronze, para a canadiana Kylie Masse e a chinesa Fu Yuanhui, que fizeram exactamente o mesmo tempo: 58,76s.
Com mais uma medalha de ouro garantida na bagagem, Katinka Hosszú saiu da piscina, celebrou, foi ao pódio, ouviu o hino e voltou para a piscina: impôs-se na segunda meia-final dos 200m estilos, e nesta terça-feira (madrugada de quarta-feira em Portugal) nadará a final. E ainda ficam a faltar-lhe os 200m mariposa e os 200m costas.
Os únicos recordes a cair na sessão nocturna de segunda-feira no Rio de Janeiro foram olímpicos. O primeiro surgiu na prova masculina dos 100m costas. A fazer a sua estreia olímpica, o norte-americano Ryan Murphy fez um registo de 51,97s, a apenas 0,03s do recorde mundial do compatriota Aaron Peirsol, e conquistou a sua primeira medalha de ouro. A medalha de bronze também foi para os EUA, conquistada por David Plummer (52,40s) com o chinês Xu Jiayu (52,31s) a arrebatar a prata. O australiano Mitchell Larkin, campeão mundial em título, falhou o pódio.
Na prova feminina dos 100m bruços, outra estreante conquistou o ouro com recorde olímpico. A norte-americana Lilly King impôs-se em 1m04,93s, à frente de Yulia Efimova. A nadadora russa, readmitida nos Jogos Olímpicos depois de ter estado suspensa por doping, ouviu vaias antes do início da prova mas garantiu o segundo lugar do pódio, que ficou completo com outra nadadora dos EUA, Katie Meili. A maior surpresa foi Ruta Meilutyte: a lituana recordista mundial foi apenas sétima – e fez pior do que nas meias-finais.
A quarta medalha de ouro da noite foi para Sun Yang, que deu à China o primeiro título olímpico na natação no Rio 2016. O chinês venceu os 200m livres (em Londres 2012 tinha-se ficado pela prata) mas para isso teve de anular um grande início de Chad Le Clos. O sul-africano, a nadar na pista 1, saiu disparado e virou aos 50m abaixo do recorde mundial. Porém, Le Clos não conseguiu resistir a Sun Yang (que fez 1m44,65s) e terminou na segunda posição, mesmo assim estabelecendo um novo recorde africano com 1m45,20s. O bronze foi para o norte-americano Conor Dwyer (1m45,23s).
Ficaram ainda definidos no Estádio Aquático Olímpico do Rio de Janeiro os alinhamentos de três finais. Nos 200m estilos femininos, só a britânica Siobhan-Marie O’Connor foi mais rápida do que Katinka Hosszú.
Michael Phelps esteve em acção nas meias-finais dos 200m mariposa, terminando em segundo: controlou a prova e abrandou nos derradeiros 50m, tendo sido ultrapassado pelo húngaro Tamas Kenderesi. Foi o segundo triunfo húngaro, já que na outra meia-final fora Laszlo Cseh o mais rápido.
Medalha de bronze nos 200m livres nos Mundiais de Kazan, em 2015, Missy Franklin falhou a final no Rio 2016 ao ser última da sua meia-final. A sueca Sarah Sjostrom obteve o tempo mais rápido, com 1m54,65s, seguida por Katie Ledecky e Federica Pellegrini.