O que têm Meryl Streep, Johnny Depp e Shakespeare em comum? Donald Trump
Actriz vestiu a pele do candidato republicano numa actuação-surpresa em Nova Iorque.
O que têm Meryl Streep, Johnny Depp e Shakespeare em comum? Donald Trump, claro. Na segunda-feira à noite, a actriz norte-americana sucedeu a Depp na tarefa de interpretar, com próteses, bronzeado laranja e cabelo duvidoso à mistura, o milionário Donald Trump. A estrela política inesperada da corrida à Casa Branca de 2016 foi imitada por uma das maiores actrizes da actualidade numa gala dos organizadores do festival Shakespeare in the Park, em Nova Iorque.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O que têm Meryl Streep, Johnny Depp e Shakespeare em comum? Donald Trump, claro. Na segunda-feira à noite, a actriz norte-americana sucedeu a Depp na tarefa de interpretar, com próteses, bronzeado laranja e cabelo duvidoso à mistura, o milionário Donald Trump. A estrela política inesperada da corrida à Casa Branca de 2016 foi imitada por uma das maiores actrizes da actualidade numa gala dos organizadores do festival Shakespeare in the Park, em Nova Iorque.
Foi uma surpresa para a organização, escreve a imprensa norte-americana, e que reverteu para fins beneficentes – Meryl Streep, três vezes vencedora de um Óscar, e actriz que já transformou o seu corpo e rosto inúmeras vezes para interpretar personagens reais ou fictícias, subiria ao palco numa gala de angariação de fundos para o Public Theater, mas ninguém sabia que se preparava para imitar Trump. Acompanhada por Christine Baranski (The Good Wife, Mamma Mia), chegou como cabeça-de-cartaz para encerrar a gala de tributo a William Shakespeare no teatro Delacorte. Um dos números do musical Kiss Me, Kate, de Cole Porter, ter-lhe-á servido para se vestir de Trump e contracenar com Baranski na pele de (quem parecia ser) Hillary Clinton.
Os vídeos disponíveis nem sempre permitem ver a totalidade da interpretação, mas o New York Times relata que Streep, “de maquilhagem laranja no rosto e cabelo em poupa”, interpretou uma “versão mais do que credível do potencial nomeado republicano” às presidenciais de Novembro, reproduzindo até "os lábios estreitos e a barriga descaída". "Também tinha a voz com inflexões fanfarronas, mesmo quando cantava”, descreve a jornalista Melena Ryzik. As palmas do público foram entusiásticas e na plateia estavam, escreve o mesmo jornal, o ex-presidente da câmara de Nova Iorque Michael R. Bloomberg, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas Samantha Power, a actriz Bette Midler e o criador do actual musical-sensação da Broadway, Hamilton, Lin-Manuel Miranda.
O teor do número musical foi sendo alterado à medida que avançava, com referências à actualidade política norte-americana.
“Foi tudo ideia dela”, disse o director artístico do teatro, Oskar Eustis. Streep, diz. "Ninguém a tinha visto já vestida e maquilhada até ter entrado em palco." Já a própria actriz comentou apenas, em comunicado e depois de o seu nome e o de Trump se terem tornado temas muito falados nas redes sociais, ”que esta foi uma actuação singular, uma actuação única (e última) na vida desta personagem”.
Em Fevereiro, e no dia em que Trump vencia as primárias republicanas no estado de New Hampshire, o site de comédia Funny or Die lançou o filme de 50 minutos Donald Trump’s The Art of the Deal: The Movie com o actor Johnny Depp na pele de Trump.