Não há jornais de direita nem de esquerda em Portugal

Em Portugal, a imprensa comercial seguiu, sobretudo, a estratégia de se mostrar aberta à maior captação de audiência plural.

Analisando o espectro do universo o dos jornais industriais e comerciais em Portugal, em minha opinião, não se pode dizer que haja jornais por estatuto declarado. Obviamente, haverá aqueles que, se «inclinam» mais para a direita e outros mais para a esquerda. Mas não é o caso na imprensa estrangeira que temos jornais assumidamente de direita e jornais de esquerda. Em Portugal, exceptuando o período revolucionário com a edição de jornais declaradamente partidários, a imprensa comercial seguiu, sobretudo, a estratégia de se mostrar aberta à maior captação de audiência plural. Para além de uma estratégia comercial, que, como se sabe, tem um mercado curto e débil é uma estratégia comercial mais envolvente. É claro que facilmente pela sua habitual orientação há jornais que estão mais conotados à direita e outros esquerda. Naturalmente que a agenda fomenta esta inclinação da parte dos leitores. Estas últimas semanas, por exemplo, muitas reclamações de o PÚBLICO estar a tomar repetidas posições à esquerda e, no fundo, assumir-se como de esquerda. Evidentemente, casos polémicos como as escolas públicas e privadas, demissões de dirigentes administrativos, o congresso do PS (aliás passou quase despercebido), as claras tomadas de posição no Parlamento, do BE, PCP e PEV, fazem emergir muito mais os discursos de sinal de esquerda do que de direita. É verdade que os arautos da direita também despertam e surgem com mais frequência e oportunidade.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Analisando o espectro do universo o dos jornais industriais e comerciais em Portugal, em minha opinião, não se pode dizer que haja jornais por estatuto declarado. Obviamente, haverá aqueles que, se «inclinam» mais para a direita e outros mais para a esquerda. Mas não é o caso na imprensa estrangeira que temos jornais assumidamente de direita e jornais de esquerda. Em Portugal, exceptuando o período revolucionário com a edição de jornais declaradamente partidários, a imprensa comercial seguiu, sobretudo, a estratégia de se mostrar aberta à maior captação de audiência plural. Para além de uma estratégia comercial, que, como se sabe, tem um mercado curto e débil é uma estratégia comercial mais envolvente. É claro que facilmente pela sua habitual orientação há jornais que estão mais conotados à direita e outros esquerda. Naturalmente que a agenda fomenta esta inclinação da parte dos leitores. Estas últimas semanas, por exemplo, muitas reclamações de o PÚBLICO estar a tomar repetidas posições à esquerda e, no fundo, assumir-se como de esquerda. Evidentemente, casos polémicos como as escolas públicas e privadas, demissões de dirigentes administrativos, o congresso do PS (aliás passou quase despercebido), as claras tomadas de posição no Parlamento, do BE, PCP e PEV, fazem emergir muito mais os discursos de sinal de esquerda do que de direita. É verdade que os arautos da direita também despertam e surgem com mais frequência e oportunidade.

Por outro lado, como aliás ainda hoje escrevo numa nota para um leitor, invectivar o director ou directora, parece-me da parte do leitor não perceber a orgânica e orientação de um jornal moderno, complexo e devidamente planificado. É evidente que o director/directora formalmente incorpora a responsabilidade jurisdicional, pública e social do cargo de direcção. Mas, pela organização racional e eficaz, essa direcção tem de ser muito repartida e logicamente coordenada. Veja-se, por exemplo o PÚBLICO, que é o jornal que conheço melhor e assim não me obriga a sair de casa. Só directores-adjuntos tem cinco, para além de outros directores destacados e conselheiros editoriais. Estes formam um corpo redactorial que têm reunião para resolver em concreto as linhas do jornal. Obviamente que a directora terá uma palavra mais decisiva, mas não me parece que seja sempre definifiva. Aliás, basta uma olhadela rápida para notar quer o PÚBLICO tem um leque de colaboradores (fixos ou convidados) cuja expressão e opinião expressa vagueia e se exprimem à direita e à esquerda. Fácil de constatar que, dentro da lógica em que me firmo, todos os jornais comerciais e industriais têm uma miríade quase infinita de colaboradores de todas as cores.

Deixar esta ordem de ideias na imprensa portuguesa talvez a ajude a conformá-la com uma realidade mais verdadeira e positiva.

CORREIO LEITORES/PROVEDOR

Ainda a luta das Escolas públicas e privadas

«De facto, é incrível que o PÚBLICO tenha escolhido para destaque de 1ª página uma notícia vinda do Tribunal de Contas, que nem sequer tinha o aval deste orgão e que eu ouvi desmentir na rádio, ainda antes de ter lido o jornal! O PÚBLICO nem teve a preocupação de repor a verdade e de dar a notícia sobre o parecer da PGR.» De facto não detectei qualquer correcção do PÚBLICO. Mas a controvérsia sobre este assunto tem sido tanta que não admira alguns erros. De qualquer modo, aquele meu comentário é generalista. Muitas outras cartas, defendendo uma posição e outra tenho recebido. Mas creio que o assunto está na praça pública com suficiente debate.

A queixa de um leitor emigrante

Esta queixa é de natureza técnica. Mas é de atender, pois além do mais trata-se de um leitor emigrante, cujo caso pode ser presente a outros. Por isso vou expor a situação à assistência, solicitando atenção aos serviços técnicos e ao Call Center/assinaturas.

«Não sei ao certo a quem dirigir este e-mail, mas, por ser na óptica do leitor, envio-lho a si na esperança que possa interceder ou, pelo menos, reencaminhar para quem de direito.

Sou um leitor e comentador assíduo do jornal Público há vários anos. Ultimamente, desde que me vi no papel de emigrante, quase não o consigo fazer pela seguinte razão: Os emigrantes estão limitados a ler apenas três noticias por dia. O que sucede é que nem essas três noticias consigo ler, e muito menos acrescentar um comentário.

O sistema de contagem de noticias não funciona correctamente. Tive ocasiões em que leio o jornal inteiro, outras que nem uma noticia consigo ler, mesmo depois de estar (propositadamente) três dias sem visitar a página do jornal.

Outra situção que leva ao mesmo é o que ainda há poucos momentos se passou novamente comigo e passo a explicar por passos:

1 - Abri a página o jornal PÚBLICO.

2 - Comecei a ler os títulos.

3 - Li uma outra noticia que já nem me recordo do que era, apenas uma.

4 - Escolhi a noticia do Aumento do som das TV durante a publicidade acaba hoje. Decidi comentar a noticia.

5 - Carrego para Iniciar a Sessão e a web do PÚBLICO redirecciona-me para a página inicial.

6 - Sou obrigado a clicar novamente na notícia acima indicada, onde me aparece logo o quadrado para fazer uma assinatura e a dizer que excedi as minhas três noticias grátis diárias.

Quer isto dizer que o próprio jornal, por estar muito mal desenhado a nível técnico (não confundir com aspecto gráfico).

É de notar que enquanto se está a ler qualquer página do PÚBLICO ou mesmo apenas na "capa" da web, a página faz inúmeras tentativas de login. Está constantemente a solicitar credenciais... Isto não seria nenhum problema quando estava em Portugal, mas agora, se demorar um pouco mais, impede que leia uma única notícia que seja.

Tenho pena, é o meu jornal português preferido, mas assim não o consigo usar.

Podia-me dizer "epah, estás a trabalhar, paga pelo jornal!" Pois podia mas, além de nada me garantir que, depois de pagar, tudo vai funcionar correctamente, eu não acho que me compense. E, se a funcionalidade para quem é de fora existe, que funcione correctamente e que não usem expedientes manhosos para conseguir mais "meia-dúzia" de assinantes online. (…) » Deixo-lhe a minha informação do Site do PÚBLICO: Utilizador: Marketing Directo.email: jornalpublico@mail.com

Cartas à Directora

«Não é a primeira vez que me dirijo a V. Exa., na sua qualidade de Provedor do Jornal PÚBLICO, não que eu queira com alguma sofreguidão qualquer tipo de protagonismo, em ver o meu nome estampando no seu jornal, como eu, e que ainda vão tendo a paciência e orçamento para todos os dias contribuir, ao comprar o jornal PÚBLICO, de estar em parte a contribuir para vos pagar o vosso ordenado.

Não, nada disso, pois a minha idade já não permite esse tipo de vaidades "bacocas" de protagonismos. Mas, efectivamente, reparo que enquanto outras publicações fazem o favor de publicar o pouco que sei escrever, o jornal PÚBLICO nada transcreve do que envio (…)

Mas, enfim, tenho que chegar à triste conclusão que, efectivamente, o meu estilo não é o mais próprio para um Jornal PÚBLICO de "grandes figuras intelectuais".(…) Vou deixar de comprar o PÚBLICO, vou passar a comprar um outro PASQUIM qualquer». Mário da Silva Jesus

Comentário: Já várias vezes esta secção de Cartas à Directora aqui foi tratada. Em primeiro lugar, devo esclarecer que se trata de uma secção importante para o PÚBLICO no restabelecimento de um veículo permanente com os seus leitores. Tem dificuldades inerentes, às vezes difíceis de resolver: a observação das regras da escrita; ser de assunto de actualidade ou em agenda; não ultrapassar, em regra, 1500 caracteres.

A principal queixa que recebo dos leitores é exactamente esta repetida pelo leitor Mário da Silva Jesus, ou seja, o critério da selecção das cartas e, por vezes, a exaustiva repartição dos autores.

Provedor do leitor