Segunda época de reintrodução do lince termina com libertação de fêmea
Desde Dezembro de 2014 já foram libertados 19 animais na natureza, no Parque Natural do Vale do Guadiana.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) anunciou ter terminado nesta quarta-feira a segunda época de reintrodução de lince-ibérico em Portugal com a libertação na natureza de uma fêmea da espécie no Alentejo.
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O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) anunciou ter terminado nesta quarta-feira a segunda época de reintrodução de lince-ibérico em Portugal com a libertação na natureza de uma fêmea da espécie no Alentejo.
Num comunicado enviado às redacções, o ICNF explica que a fêmea hoje libertada, no concelho de Mértola, no distrito de Beja, chama-se Moreira e nasceu a 6 de Março de 2015 no Centro de Cria de Lince-Ibérico El Acebuche, na Andaluzia, em Espanha.
Com a libertação de Moreira, "terminou a segunda época de reintrodução de exemplares de lince-ibérico" em Portugal, no âmbito do Projecto de Recuperação da Distribuição Histórica do Lince-Ibérico em Espanha e Portugal LIFE+Iberlince.
"Dá-se, assim, mais um passo em direcção ao estabelecimento de uma população selvagem e viável [de lince-ibérico], numa área geográfica que já foi parte da sua área de distribuição histórica, regressando à coexistência milenar com os humanos", frisa o instituto.
Segundo o ICNF, "para o lince-ibérico, uma população viável será alcançada quando se obtiverem cerca de 50 fêmeas estabilizadas no território", o que se "espera prosseguir" com a segunda época de processo de reintrodução da espécie.
Desde Dezembro de 2014, quando começou a libertação de exemplares de lince-ibérico em Portugal, já foram libertados 19 animais na natureza, no Parque Natural do Vale do Guadiana, no concelho de Mértola, no âmbito do projecto e nas duas épocas de reintrodução, mas só 17 estão vivos, após a morte de duas fêmeas.
O ICNF já confirmou o nascimento na natureza de três crias de lince-ibérico, filhas de duas fêmeas do núcleo de animais já libertados no concelho de Mértola, o que constitui "um dos mais relevantes marcos na já longa história da conservação do lince-ibérico em Portugal", iniciada há mais 30 anos com a campanha da Liga para a Protecção da Natureza (LPN) Salvemos o lince e a serra da Malcata.