Reclusos nas prisões portuguesas aumentaram 22,5% entre 2010 e 2015
No final do ano passado eram 14.222 os reclusos nos estabelecimentos prisionais do país.
O número de reclusos nas prisões portuguesas aumentou 22,5%, entre 2010 e 2015, passando dos 11.613 para os 14.222, revelou nesta quarta-feira a Direcção-Geral da Política de Justiça (DGPJ).
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O número de reclusos nas prisões portuguesas aumentou 22,5%, entre 2010 e 2015, passando dos 11.613 para os 14.222, revelou nesta quarta-feira a Direcção-Geral da Política de Justiça (DGPJ).
As estatísticas sobre os reclusos nos estabelecimentos prisionais adiantam que os presos aumentaram todos os anos nas prisões, desde 2010, tendo a subida mas significativa sido registada a partir de 2013, quando foi ultrapassado o número total de 14 mil.
O ano de 2013 termina com 14.284 reclusos nas prisões, baixando para os 14.003 no ano seguinte, mas, em 2015, registou-se uma nova subida, para 14.222 presos.
Segundo a DGPJ, o aumento dos reclusos não é uniforme, tendo-se registado uma subida superior entre as mulheres reclusas, cujo total aumentou 37,5% em seis anos, enquanto o número de reclusos do sexo masculino subiu 21,6%. Em 2015, estavam presos 13.360 homens e 862 mulheres.
A DGPJ adianta que, entre 2010 e 2015, se verificou "um ligeiro aumento nos escalões etários a partir dos 40 anos e de uma diminuição", nas restantes idades. De acordo com aquele organismo tutelado pelo Ministério da Justiça, quase metade dos reclusos (48,6%) está entre os 25 e os 39 anos, seguindo-se a idade dos 40 a 59 anos (37,3%). As estatísticas indicam ainda que a maior parte dos reclusos tem o ensino básico.
A DGPJ indica ainda que, nos últimos quatros anos, se registaram pequenas reduções do número de reclusos que cometeram crimes relativos a estupefacientes, contra o património e contra as pessoas.
A par destas reduções verifica-se, no entanto, um ligeiro aumento dos reclusos que cometeram crimes contra a vida em sociedade e "outros crimes".
A DGPJ ressalva que, apesar daquelas diminuições, se verifica um aumento, em termos absolutos, do número de reclusos nos estabelecimentos prisionais, entre 2010 e 2015.