Apple investe mil milhões de dólares na rival chinesa da Uber
A Didi Chuxing reclama ser detentora de 87% do mercado chinês, contando com 300 milhões de utilizadores registados na sua aplicação de transportes.
A Apple investiu mil milhões de dólares na chinesa Didi Chuxing, a concorrente da Uber que se orgulha de ter 300 milhões de utilizadores no país. A decisão de Tim Cook está a ser interpretada como mais um passo para a concretização de um projecto de criação de um carro sem condutor.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Apple investiu mil milhões de dólares na chinesa Didi Chuxing, a concorrente da Uber que se orgulha de ter 300 milhões de utilizadores no país. A decisão de Tim Cook está a ser interpretada como mais um passo para a concretização de um projecto de criação de um carro sem condutor.
“Fazemos este investimento por um conjunto de razões estratégicas, incluindo a hipótese de aprender mais sobre certos segmentos do mercado chinês”, afirmou à Reuters o CEO da Apple, acrescentando que espera que este seja um investimento com “um forte retorno”.
Em comunicado, Tim Cook apontou a Didi Chuxing como “um exemplo de inovação”. “Estamos bastante impressionados com o negócio que construiu e com a excelente equipa de liderança e estamos ansiosos para apoiá-los à medida que crescem”, acrescentou o patrão da gigante tecnológica.
Concorrente da aplicação de transportes Uber, a Didi Chuxing reclama ser detentora de 87% do mercado chinês, cobrindo 400 cidades de todo o país.
A empresa chinesa já fez saber que o investimento da Apple foi o maior que alguma vez recebeu. “Há muitas coisas em que podemos trabalhar juntos”, disse a presidente da Didi Chuxing, Jean Liu quando lhe perguntaram se iria ajudar a gigante tecnológica nas suas relações com o governo chinês.
O anúncio deste investimento aconteceu já depois de se saber que Tim Cook está a preparar uma deslocação à China, ainda no mês de Maio, durante a qual pretende reunir-se com altos responsáveis do Governo e do Partido Comunista Chinês (PCC). A esta visita não é alheio o facto de em Abril o serviço de venda digital de livros e de filmes da Apple ter sido suspenso naquele país, no âmbito de uma campanha das autoridades de Pequim para controlar os conteúdos partilhados e acedidos pelos seus cidadãos.
Vários analistas têm olhado para este investimento de mil milhões de dólares como mais um passo para a concretização de um projecto de criação de um carro eléctrico, ao que tudo indica sem condutor. Hoje as aplicações de transportes como a chinesa Didi Chuxing e a sua rival Uber dependem de condutores contratados, situação que tem gerado um conjunto de problemas legais nalguns países. A possibilidade de o serviço dessas empresas passar a ser prestado em carros sem condutor poderia simplificar a equação.