Obama exclui envio de forças militares para a Síria

Presidente americano afirma que a resposta ao conflito terá de ser "trans-nacional".

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Barak Obama no aeroporto de Stansted, antes de partir para a Alemanha Jim Watson/AFO

Os Estados Unidos não vão enviar forças de combate para a Síria, reafirmou este domingo o Presidente Barak Obama, numa entrevista à BBC. O Presidente adiantou que a via militar não chega para resolver os problemas do país e que “não existem soluções simples”.

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Os Estados Unidos não vão enviar forças de combate para a Síria, reafirmou este domingo o Presidente Barak Obama, numa entrevista à BBC. O Presidente adiantou que a via militar não chega para resolver os problemas do país e que “não existem soluções simples”.

No final da sua visita de três dias ao Reino Unido, e antes de partir para a Alemanha onde irá encontrar-se com a chanceler Angela Merkel, Obama declarou que “seria um erro os Estados Unidos ou o Reino Unido enviarem soldados para derrubar o regime de [Bashar al] Assad”.

O Presidente reconheceu que os nove meses que lhe faltam de mandato não serão suficientes para derrotar o Estado Islâmico, mas é possível “ir encolhendo o terreno no qual opera”, adiantou.

A coligação liderada pelos EUA irá continuar “a atacar alvos do ISIL [uma das siglas pelas quais o autoproclamado Estado Islâmico é conhecido] em locais como Raqqa, e a tentar isolar essas zonas do país e encerrar as áreas que estão a enviar combatentes estrangeiros para a Europa”. Mas a guerra na Síria exige “uma resposta trans-nacional”, e a comunidade internacional terá de continuar a pressionar todas as partes envolvidas, incluindo a Rússia, o Irão e grupos da oposição moderados para “que se sentem à mesma mesa e consigam chegar a uma solução de transição”. “É difícil”, afirmou.

O conflito sírio já faz mais de 250 mil mortos e milhões de deslocados. A actual trégua acordada pelo Governo e os rebeldes não-jihadistas, em Fevereiro, está em vias de se quebrar, com os novos confrontos. Esta semana continuam as negociações de paz em Genebra entre o regime as delegações da oposição, mas os avanços são difíceis de conseguir.