Ministra da Administração Interna ouvida na AR sobre reformas na PSP

Audição de Constança Urbano de Sousa tinha sido pedida pelo CDS-PP.

Foto
Muitos agentes estarão a sofrer cortes nas suas reformas à margem da lei Miguel Manso

O Parlamento aprovou nesta quarta-feira a audição da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, pedida pelo CDS/PP, para explicar os cortes nas pensões de reforma dos elementos da PSP.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Parlamento aprovou nesta quarta-feira a audição da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, pedida pelo CDS/PP, para explicar os cortes nas pensões de reforma dos elementos da PSP.

A audição de Constança Urbano de Sousa foi aprovada na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

O deputado do CDS-PP Telmo Correia disse à agência Lusa que o requerimento do partido foi aprovado por unanimidade, deslocando-se a ministra à primeira comissão parlamentar no próximo dia 26 de Abril.

Segundo Telmo Correia, já estava previsto que a ministra se deslocasse à comissão para uma audição regular, ficando a primeira parte destinada ao requerimento apresentado pelo CDS-PP.

O CDS-PP quer que a ministra explique várias matérias de segurança interna, nomeadamente os cortes nas pensões de reforma dos elementos da PSP.

De acordo com o CDS/PP, as pensões do pessoal com funções policiais da PSP têm estado a sofrer cortes na ordem dos 13%, fundamentada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) na aplicação a estas pensões do factor de sustentabilidade que a lei prevê para as reformas antecipadas.

"Esses cortes não podiam ser feitos porque o estatuto da PSP prevê a reforma para os elementos da PSP aos 60 anos. Se a reforma é aos 60 anos não pode ser aplicado um factor de sustentabilidade que é aplicado às reformas antecipadas, quando neste caso a reforma não é antecipada porque é, legitimamente, aos 60 anos", afirmou Telmo Correia na semana passada.