“Batemos no fundo”, admite Pinto da Costa

Presidente do FC Porto diz que não confunde “contestação dos adeptos com terrorismo”.

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Pinto da Costa disse que o dia da derrota com o Tondela foi aquele em que se sentiu mais "envergonhado" Fernando Veludo/nFactos

O momento no Dragão é delicado, com os maus resultados da equipa e a contestação à liderança de Pinto da Costa, mas o presidente do FC Porto prometeu que as coisas vão mudar. “É preciso voltar a pôr as coisas como eram”, frisou o dirigente, confessando que partilha com os adeptos o sentimento de insatisfação relativamente aos resultados negativos. Numa entrevista ao canal de televisão do clube, Pinto da Costa falou ainda sobre o período em que Julen Lopetegui foi treinador do FC Porto, admitindo: “Confiei em quem não devia”.

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O momento no Dragão é delicado, com os maus resultados da equipa e a contestação à liderança de Pinto da Costa, mas o presidente do FC Porto prometeu que as coisas vão mudar. “É preciso voltar a pôr as coisas como eram”, frisou o dirigente, confessando que partilha com os adeptos o sentimento de insatisfação relativamente aos resultados negativos. Numa entrevista ao canal de televisão do clube, Pinto da Costa falou ainda sobre o período em que Julen Lopetegui foi treinador do FC Porto, admitindo: “Confiei em quem não devia”.

Com a derrota em casa diante do Tondela, último classificado da I Liga, ainda fresca na memória, o presidente dos “dragões” disse compreender a insatisfação dos adeptos e confessou: “Foi o dia, como adepto do FC Porto, em que eu me senti mais envergonhado. Junto-me a todos aqueles que protestaram”. Mas, sublinhou Pinto da Costa referindo-se aos incidentes registados junto de sua casa, com petardos e cartazes de protesto, “contestação é uma coisa, falta de educação é outra”. “Rebentar petardos às 03h30 da manhã não tem nada a ver com adeptos. Rebentaram uns petardos na minha rua, mas não na minha casa. Foi na casa de um vizinho. Não confundo a contestação dos adeptos com violência a roçar o terrorismo”, vincou.

“Os adeptos e sócios do FC Porto, como eu, chegaram ao final da paciência para com a situação. Eu mesmo contesto o que se está a passar”, prosseguiu Pinto da Costa, que concorre a um novo mandato na presidência do FC Porto nas eleições de 17 de Abril. “Eu candidatei-me porque verifiquei que as coisas estão mal e é preciso voltar a pôr as coisas como eram. Batemos no fundo. Há que fazer a radiografia, ver os erros que se cometeram, não os repetir”, apontou o dirigente.

Um dos erros admitidos pelo presidente do FC Porto foi a contratação de Julen Lopetegui. “Deixei-o contratar jogadores que ele me garantia que eram jogadores, que faziam uma grande equipa, mas alguns nunca jogaram. Contratei jogadores que não conhecia, fiando-me no parecer dele. A culpa foi minha, que confiei em quem não devia. Mas isso não volta a acontecer”, garantiu Pinto da Costa. Até ao fim da época, acrescentou, os jogadores vão ter de mostrar valor para ficar no plantel: “Já disse aos jogadores que esta época acabou. Têm seis jogos para mostrar quem tem carácter e valor para jogar no FC Porto. Quem não mostrar não ficará”. O futuro, afirmou ainda o presidente dos “dragões”, passa por José Peseiro. “É quem está a trabalhar comigo no novo projecto. Tem contrato de um ano e meio”, disse.

Quanto aos valores pagos em comissões pelo FC Porto, Pinto da Costa desvalorizou a polémica, notando que é uma prática generalizada no futebol. “Somos vítimas da transparência em todos os nossos actos e operações. Sempre pagámos comissões aos agentes, é assim em todo o mundo. Todos os jogadores têm o seu agente. Nós pagamos entre 5% e 10%, é o máximo que nós pagamos”, revelou.