Depois dos leitores, Sony acaba com as cassetes Betamax

Formato estava actualmente reduzido à produção de poucas centenas de exemplares. Apesar da longa resistência à rival VHS, cassete vai sair da linha de produção.

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Há 13 anos, a Sony anunciava o fim da produção de aparelhos de vídeo Betamax, lançados em 1975. A marca japonesa avança agora que vai deixar de produzir as cassetes de vídeo Betamax, que se mantiveram no mercado apesar da dominante rival VHS.

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Há 13 anos, a Sony anunciava o fim da produção de aparelhos de vídeo Betamax, lançados em 1975. A marca japonesa avança agora que vai deixar de produzir as cassetes de vídeo Betamax, que se mantiveram no mercado apesar da dominante rival VHS.

Falar em cassetes, seja de áudio ou de vídeo, é recuar décadas até um tempo longe de DVDs, CDs ou Blu-ray. Apesar de no caso da Sony, as cassetes de vídeo Betamax terem 40 anos, a empresa continuava a produzi-las para quem ainda tinha os leitores/gravadores do formato, descontinuados em 2002.  

Mais conhecidas como Beta, as cassetes vão deixar de ser fabricadas a partir de Março do próximo ano, uma decisão que muitos acreditavam que iria ser tomada pela Sony há 30 anos, quando a empresa japonesa JVC lançou a cassete de vídeo VHS, que se tornou popular na década de 1980. Além da Beta, a Sony vai acabar com as pequenas cassetes para câmaras de vídeo MicroMV.

No auge da sua comercialização, em 1984, chegaram a ser enviadas para o mercado perto de 50 milhões de cassetes. Até ao final deste ano, esse número não deverá ultrapassar as 400.

A história da rivalidade VHS-Beta começou quando a JVC decidiu lançar o seu próprio formato em 1976 para combater o monopólio da Sony no mercado, iniciado um ano antes com a Betamax, que na verdade oferecia na altura uma melhor qualidade de vídeo mas menos três vezes o tempo da gravação de uma VHS.

A VHS surgiu no mercado a preços inferiores aos da Beta, atraindo mais consumidores. Em 1988, a Sony cedeu à pressão da rival e lançou o seu próprio gravador de cassetes VHS. Cinco anos depois surgia o CD, o sucessor do LaserDisc (1979), um formato que rapidamente pôs de lado as cassetes de vídeo e foi adoptado pela Sony, JVC, Matsushita ou Philips. Ao CD sucedeu o DVD, em 1995, e o processo repetiu-se junto das empresas.

Apesar da evolução dos formatos de gravação e leitura, a VHS continua a ser comercializada, não havendo qualquer previsão para que seja descontinuada.