Podem chegar à Europa 1,4 milhões de refugiados entre 2015 e 2016, diz ONU
ACNUR duplica estimativas e prevê que vai necessitar de 128 milhões de dólares para apoiar estas pessoas que fogem da guerra.
De acordo com um documento de estimativas, destinado a pedir um reforço de verbas, a organização diz que em 2015 “mais de 700 mil pessoas terão procurado segurança e protecção internacional na Europa”. “É possível que em 2016 assistamos à chegada de um número ainda maior de pessoas, mas para já estamos a fazer os nossos planos a contar com o mesmo número”, diz o documento.
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De acordo com um documento de estimativas, destinado a pedir um reforço de verbas, a organização diz que em 2015 “mais de 700 mil pessoas terão procurado segurança e protecção internacional na Europa”. “É possível que em 2016 assistamos à chegada de um número ainda maior de pessoas, mas para já estamos a fazer os nossos planos a contar com o mesmo número”, diz o documento.
No início de Setembro, o ACNUR lançou um apelo de reforço de financiamento que apontava para a chegada de um número muito menor de refugiados — 400 mil para este ano e 450 mil para 2016. Mas os números deste ano já ultrapassaram esta primeira estimativa: no dia 28 de Setembro já tinham entrado na Europa 520.957 pessoas.
Por isso, o ACNUR (que ressalva que pode ter de fazer uma nova revisão a este documento) pede aos dadores um total de 128 milhões de dólares para ajudar os refugiados, em vez dos 30,5 milhões que pedia anteriormente, para o período entre Junho de 2015 e Dezembro de 2016.
A agência da ONU pede ainda que esta verba seja gerível de forma flexível, uma vez que tem de incluir a capacidade de ajuda nos países de trânsito dos refugiados no Médio Oriente e Norte de África — o objectivo é prestar-lhes apoio desde as primeiras etapas da viagem.
A maior parte dos refugiados chega através da rota Turquia, Grécia, Macedónia e Sérvia. Mas muitos chegam via Turquia-Itália, passando pela Albânia e Montenegro pelo meio. A Grécia é o país onde é mais necessária ajuda, seguida da Sérvia, segundo o documento divulgado pelo ACNUR.
A maior parte destes refugiados foge da guerra na Síria - representam 54% dos chegados até Setembro deste ano, segundo o ACNUR. Mas também há os que querem escapar ao conflito e perseguições no Iraque, Afeganistão e noutros países.