FIFA: Blatter e Platini podem ser suspensos pelo Comité de Ética

Foto
REUTERS/Arnd Wiegmann
Fonte da FIFA, pedindo anonimato, disse ao jornal helvético que se Blatter não abandonar o cargo de imediato "será suspenso dentro de poucos dias".

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Fonte da FIFA, pedindo anonimato, disse ao jornal helvético que se Blatter não abandonar o cargo de imediato "será suspenso dentro de poucos dias".

Na sexta-feira, Blatter foi interrogado pela justiça suíça por alegada má gestão no organismo que ainda preside, enquanto Platini terá alegadamente recebido do ainda presidente da FIFA "um pagamento ilegal" de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros). O francês confirmou ter recebido um pagamento da FIFA.

Sobre o cenário de suspensão de Blatter e Platini, um porta-voz da FIFA, Andreas Bantel, recusou comentar à agência AFP "casos individuais", mas adiantou que "se existem suspeitas, o Comité de Ética iniciará os procedimentos formais para posterior avaliação". "Há regras a cumprir por todas as pessoas do futebol, independentemente dos seus cargos ou nomes", frisou à AFP Andreas Bantel.

Caso se confirme a suspensão, Platini poderá ser obrigado a afastar-se da candidatura à presidência da FIFA, cujas eleições estão marcadas para 26 de Fevereiro.

A FIFA foi abalada por um escândalo de corrupção em Maio, a dois dias da reeleição de Blatter, num processo aberto inicialmente pela justiça dos Estados Unidos e que levou a acusações a 14 dirigentes e ex-dirigentes.

No início de Junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições.

Além Platini, são também candidatos à presidência da FIFA o príncipe jordano Ali bin Al Husseino, antigo vice-presidente da FIFA, o sul-coreano Chung Mong-Joon, também ex-vice-presidente da FIFA, e o ex-futebolista brasileiro Zico.