O gigante chinês está a tremer

Dois dias consecutivos de fortes desvalorizações do yuan são os últimos, e talvez mais evidentes, sinais de que a poderosa economia chinesa está dependente da política cambial para evitar uma queda ainda maior das suas perspectivas de crescimento.

Pequim já avisou que as desvalorizações dos últimos dias são suficientes, mas a avaliação dos mercados parece não ter em conta essa possibilidade.

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Dois dias consecutivos de fortes desvalorizações do yuan são os últimos, e talvez mais evidentes, sinais de que a poderosa economia chinesa está dependente da política cambial para evitar uma queda ainda maior das suas perspectivas de crescimento.

Pequim já avisou que as desvalorizações dos últimos dias são suficientes, mas a avaliação dos mercados parece não ter em conta essa possibilidade.

A China, com uma grave quebra nas cotações bolsistas e uma contracção muito maior do que o esperado no ritmo de crescimento do PIB, precisa de exportar mais para não descarrilar e a forma mais fácil e rápida de o conseguir é tornando os seus produtos mais baratos na Europa ou nos EUA.

O problema é que estas medidas nunca são neutras no exterior. O euro e o dólar mais caro dificultam as exportações europeias e americanas. O que quer dizer que, para se salvar, a China está disposta a encetar um conflito comercial com os seus maiores parceiros.