É na Terra, Não é na Lua: o DVD, os extras e o livro

Foto
O documentário que Gonçalo Tocha fez no Corvo vai dar DVD duplo e um diário de bordo de 48 páginas RUI SOARES

Segunda quinzena de Outubro é a data marcada - mas a edição é complexa... - para o lançamento da edição em DVD de É na Terra, Não é na Lua, o documentário de Gonçalo Tocha sobre a ilha do Corvo. "Complexa", diz-nos Luís Apolinário da Alambique, que distribuiu o filme em salas e que o edita agora em DVD, porque incluirá um disco com mais de uma hora de extras e um livro. Gonçalo Tocha mergulha neste momento numa série de sequências que, sem ele "saber porquê", ficaram fora do filme. São "cerca de 20", diz-nos, e acentuarão o que já estava em É na Terra, Não é na Lua: a organização de um arquivo de imagens do Corvo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Segunda quinzena de Outubro é a data marcada - mas a edição é complexa... - para o lançamento da edição em DVD de É na Terra, Não é na Lua, o documentário de Gonçalo Tocha sobre a ilha do Corvo. "Complexa", diz-nos Luís Apolinário da Alambique, que distribuiu o filme em salas e que o edita agora em DVD, porque incluirá um disco com mais de uma hora de extras e um livro. Gonçalo Tocha mergulha neste momento numa série de sequências que, sem ele "saber porquê", ficaram fora do filme. São "cerca de 20", diz-nos, e acentuarão o que já estava em É na Terra, Não é na Lua: a organização de um arquivo de imagens do Corvo.

"São apontamentos da memória da Ilha do Corvo", sequências, "entre cinco a dez minutos cada", que surgirão arquivadas de acordo com as personagens ou os locais a que se referem. Exemplifica: "Um dia no quartel dos bombeiros, um dia no lar do Corvo... Depois quero fazer um menu, uma imagem da ilha com a perspectiva de cima, como no filme, e a possibilidade de o espectador aceder à zona correspondente."

Entre o disco com o filme e o disco com os extras, nesta caixa com capa de cartão, estará um livro: 48 páginas de um diário de bordo que o realizador manteve nas várias fases de rodagem - em momentos em que escrevia praticamente todos os dias e noutros em que a escrita se tornou dispersa, como na fase final em que se avizinhava o esgotamento do processo - e, numa fase posterior, quando foi mostrar o filme aos habitantes da ilha.

Paralelamente ao trabalho desta edição, Tocha concretiza nas próximas semanas duas curtas-metragens. Uma, encomenda de Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura, já está rodada e é o resultado de uma carta-branca que lhe foi proposta, a ele e ao seu cúmplice de É na Terra, Não é na Lua, Dídio Pestana. Os dois foram viver um mês para Guimarães, e aquilo que mostrarão "é uma espécie de divertimento" sobre a cidade. Para o programa Estaleiro, do festival Curtas Vila do Conde, Tocha entretanto rodará um filme sobre Vila Chã, "uma vila piscatória onde as mulheres vão para o mar".

É na Terra, Não é na Lua está há um ano a rodar pelos festivais internacionais, percurso que começa a chegar ao fim - numa altura em que o filme já é requisitado pelas programações de salas de cinema de "arte e ensaio" nos EUA, por exemplo em Filadélfia e Nova Orleães.