O lar de Luke Skywalker foi recuperado por fãs

George Lucas passou muito tempo a filmar "Star Wars" na Tunísia. O realizador deixou para trás muitos cenários, mas nem tudo está perdido. A Lars Homestead está como nova

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Luke Skywalker não nasceu lá — nasceu juntamente com a sua irmã Leia no planetóide Polis Massa —, mas durante muito tempo chamou lar a uma espécie de iglu construído no planeta deserto de Tatooine, onde foi educado pelo tio Owen Lars e pela tia Beru.

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Luke Skywalker não nasceu lá — nasceu juntamente com a sua irmã Leia no planetóide Polis Massa —, mas durante muito tempo chamou lar a uma espécie de iglu construído no planeta deserto de Tatooine, onde foi educado pelo tio Owen Lars e pela tia Beru.

Foi há mais ou menos 35 anos, numa galáxia distante (mais precisamente em Nefta, na Tunísia), que George Lucas filmou alguns dos momentos mais marcantes de “Star Wars”.

A árvore genealógica da saga “Guerra das Estrelas” é uma das mais complexas da história do cinema. Mas um pequeno grupo de fãs não teve dúvidas e escolheu recuperar a chamada Lars Homestead, a casa onde tudo começou.

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Fã desde 1977, Mark Dermul viajou da Bélgica para a Tunísia à procura dos cenários dos filmes. No regresso publicou as suas aventuras na Internet, tornando-se quase imediatamente numa espécie de guia não oficial do universo “Star Wars” na Tunísia, onde muita da arquitectura dos filmes tinha sido abandonada.

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Aquilo que começou por ser a “Trip to Tatooine” transformou-se no projecto comum de alguns fãs: recuperar a casa onde Luke tinha crescido, utilizando para isso a mais avançada tecnologia de angariação de fundos do planeta — a Internet.

Uma revolução real

O projecto “Salvem Lars Homestead” foi abençoado pela Lucasfilm, a meta de 10 mil dólares foi ultrapassada e Mark começou a negociar com as autoridades tunisinas, que só viriam a ceder após a revolução daquele país no final de 2010.

Já com luz verde, Mark Dermul juntou uma equipa de cinco países diferentes (Terry Cooper, Mark Cox, Robert Cunningham, Imanuel Dijk e Michael Verpoorten) e os seis partiram no dia do 35.º aniversário do início da saga.

Toda a estrutura foi recuperada com a ajuda de trabalhadores locais e de acordo com métodos de construção artesanal. O grupo juntou à obra um painel digital falso (imitando o original que permitia abrir a porta do iglu) e um punhado de areia de diversos locais da Tunísia por onde passou a equipa de filmagens.

Existe um diário online da aventura, que se cruzou com “Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida”, filmado na mesma região. Nos planos está um documentário e o lançamento de um livro.