Novo iPad mantém autonomia com ligação mais rápida à Internet
Na primeira grande apresentação de Tim Cook desde a morte de Steve Jobs, o presidente executivo da Apple não anunciou qualquer "bomba", mas deu conta de melhoramentos importantes no iPad. O que mais entusiasmou a plateia foi o 4G (uma aposta natural, dada as parcerias com a AT&T e a Verizon, gigantes norte-americanas das telecomunicações que muito têm investido na quarta geração de ligações móveis) com a mesma autonomia.
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Na primeira grande apresentação de Tim Cook desde a morte de Steve Jobs, o presidente executivo da Apple não anunciou qualquer "bomba", mas deu conta de melhoramentos importantes no iPad. O que mais entusiasmou a plateia foi o 4G (uma aposta natural, dada as parcerias com a AT&T e a Verizon, gigantes norte-americanas das telecomunicações que muito têm investido na quarta geração de ligações móveis) com a mesma autonomia.
Isto quer dizer que a bateria do novo iPad demora 10 horas a esgotar-se, ou nove, no caso de o tablet estar ligado à rede wireless, a mesma autonomia do iPad 2 (3G). O que é possível graças a um processador quad-core (multinúcleo), o A5X, que divide as tarefas exigidas pelo sistema operativo em mais do que um núcleo de processamento. O resultado é uma performance mais rápida (melhores gráficos), com poupança de energia.
Não é apenas a ligação 4G a consumir recursos no novo iPad. É também o “retina display”, uma característica introduzida no iPhone 4, que chega agora aos tablets. A Apple apresenta-a como a resolução de ecrã com uma densidade tão elevada de pixéis que a retina humana não é capaz de os distinguir. A câmara de 5 megapixéis e a capacidade de gravar vídeo em alta resolução (1080p) acompanham as novidades no ecrã.
No Centro para as Artes Yerba Buena, em São Francisco, o mesmo espaço onde foram apresentadas as primeiras versões do iPad por Steve Jobs, a Apple não fez concessões às pressões do mercado impostas pela Amazon, cujo tablet de baixo custo, o Kindle Fire, está a ganhar terreno no mercado. E numa altura em que Microsoft se prepara para entrar na corrida, lançando o Windows 8, o seu sistema operativo que também funcionará em tablets e smartphones.
O iPad custará entre 499 dólares (380 euros), como a segunda versão do tablet da Apple, e 829 dólares (630,9 euros). O mais barato terá uma memória de 16 gigas, enquanto o mais caro terá uma capacidade de 64 gigas. Por outro lado, o iPad2 passará a ser comercializado por 399 dólares, menos 100 que o seu preço actual.
A Gartner Inc., empresa norte-americana de consultadoria na área das tecnologias, estima que ao longo deste ano sejam vendidos 103,5 milhões de tablets em todo o mundo, dos quais cerca de dois terços serão iPads. Um domínio que, de acordo com a mesma estimativa, se esbaterá até 2015, com os Android (Google) a ganhar terreno e a entrada da Microsoft no mercado. A Apple, que obtém cerca de 20% das suas receitas através das vendas de tablets, terá então 46% do mercado.
O novo iPad será posto à venda a 16 de Março nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Áustria, Japão, Singapura e Hong Kong. O período de pré-compra começou no instante em que Tim Cook anunciou o novo produto. Nos restantes países, incluindo Portugal, a data de lançamento é 23 de Março.
Notícia corrigida às 12h01 de 8 de Março