A Dama de Ferro
Um filme astuto. Desde logo porque, armado com esta jubilatória Meryl Streep (tanta gana e tanto sentido lúdico, esta actriz diverte-se...), anula uma hipotética resistência do espectador, ideológica ou outra, em relação à figura de Thatcher. Ao fazer, primeiro que tudo, um retrato de senhora (enlouquecida) que talvez tenha sido primeira-ministra... A política em fundo e em compacto, em grande plano uma “ghost story” - podia chamar-se “The ghosts and Mrs Thatcher” - de contornos “shakespeareanos”. Se o filme nunca está ao nível da sua apocalíptica abertura, também é verdade que Phyllida Lloyd e Streep, em virtude dos fantasmas, conseguem escapar várias vezes ao formato “biopic”. Antes “The ghosts and Mrs Thatcher” do que “O discurso da primeira-ministra”...
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Um filme astuto. Desde logo porque, armado com esta jubilatória Meryl Streep (tanta gana e tanto sentido lúdico, esta actriz diverte-se...), anula uma hipotética resistência do espectador, ideológica ou outra, em relação à figura de Thatcher. Ao fazer, primeiro que tudo, um retrato de senhora (enlouquecida) que talvez tenha sido primeira-ministra... A política em fundo e em compacto, em grande plano uma “ghost story” - podia chamar-se “The ghosts and Mrs Thatcher” - de contornos “shakespeareanos”. Se o filme nunca está ao nível da sua apocalíptica abertura, também é verdade que Phyllida Lloyd e Streep, em virtude dos fantasmas, conseguem escapar várias vezes ao formato “biopic”. Antes “The ghosts and Mrs Thatcher” do que “O discurso da primeira-ministra”...