12 horas a desenhar na companhia de Jorge Mateus
"Retroexpectativa" de Jorge Mateus e uma maratona “12-Hour Comics Day”. A livraria Mundo Fantasma preparou um sábado para aqueles que respiram banda desenhada
Dia 10 de Dezembro não é o princípio de tudo. Afirmação questionável, dirão alguns, principalmente as pessoas que consomem ilustração como quem toma um café ou lê um jornal — aqueles que respiram desenho.
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Dia 10 de Dezembro não é o princípio de tudo. Afirmação questionável, dirão alguns, principalmente as pessoas que consomem ilustração como quem toma um café ou lê um jornal — aqueles que respiram desenho.
A Mundo Fantasma quis que o dia fosse especial e por isso convidou toda a gente. Sim, toda a gente. De um lado o ilustrador Jorge Mateus (com a exposição "Retroexpectativa”), do outro lado o “12-Hour Comics Day”. Vamos por partes.
Jorge Mateus é uma das presenças invisíveis do nosso dia a dia, uma espécie de super-herói, recrutado (pelo "Expresso", pela "Visão", pela "Timeout" ou pela editora Leya) sempre que a informação textual merece um complemento directo especial.
O ilustrador (Angola, 1971) começou na revista "LX Comics" e esteve em projectos como “José Muñoz: Cidade, Jazz da Solidão”, “Noites de Vidro” ou “Para Além dos Olivais”. Foi caricaturista do "Diário de Notícias", criou a editora Má Criação, inventou os álbuns “O Futuro Tem 100 Anos” e “Schoenberg” e realizou a curta “10 Contos”.
12 horas a desenhar
Jorge Mateus até poderá dar uma mãozinha na maratona “12-Hour Comics Day”, formato reduzido do original “24-Hour Comics Day”, criado pelo norte-americano Scott McCloud.
Argumentistas e desenhadores são convidados a criar um comic de 12 páginas em 12 horas consecutivas (começa às 10h). Todos os passos incluídos: texto, arte final, cor, balonagem, revisão, tudo. “Mal a caneta toque no papel ou no computador, o relógio começa a contar. Não é permitida nenhuma preparação prévia”, pode ler-se no regulamento.
“Se no fim das 12 horas a história não estiver terminada, ou utiliza a variante de Gaiman e termina como está, ou utiliza a variante de Eastman, continuando até estar pronto”. A tiragem será de 200 exemplares.
Como se não bastasse, a Mundo Fantasma aproveita a deixa para lançar dois livros: Mahou", de Hugo Teixeira e "Mr. Klunk e o Senhor Klaxon", de Paulo Azevedo e Jorge Matos.