Route Irish - A Outra Verdade
Ken Loach é sempre um bocado mais do mesmo. Pode-se apreciar a ferocidade das suas personagens e ao mesmo tempo desconsiderar a previsibilidade de relojoaria deste cinema. Com “Route Irish”, Loach vai à guerra no Iraque sem sair de Liverpool. É aqui que as personagens investigam uma morte, ocorrida na estrada que liga o aeroporto de Bagdad à cidade, de um “contratado” para a guerra - de um funcionário da empresa chamada guerra.
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Ken Loach é sempre um bocado mais do mesmo. Pode-se apreciar a ferocidade das suas personagens e ao mesmo tempo desconsiderar a previsibilidade de relojoaria deste cinema. Com “Route Irish”, Loach vai à guerra no Iraque sem sair de Liverpool. É aqui que as personagens investigam uma morte, ocorrida na estrada que liga o aeroporto de Bagdad à cidade, de um “contratado” para a guerra - de um funcionário da empresa chamada guerra.
A verdade é que teria sido na intensidade do que se passa em Liverpool, mais do que na denúncia da imoralidade do que se passa no Iraque, que Loach teria ganho o filme. E lá temos, então: de um lado, o imprevisível instinto de sobrevivência das personagens, e uma nobreza de olhar (do cineasta) que é notável; do outro, qualquer coisa próxima de uma demonstração - algo que o título português, "A Outra Verdade", escarrapacha.