Os demónios de Joana Reis

"I'm Lost" é um exorcismo, é uma batalha entre uma jovem fotógrafa e os seus medos

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I'm Lost é quase biográfico DR

“I’m Lost” é isso mesmo. São as dúvidas e as certezas de Joana Reis enquanto finalista do curso de Tecnologia da Comunicação Audiovisual do DAI/ESMAE/IPP.

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“I’m Lost” é isso mesmo. São as dúvidas e as certezas de Joana Reis enquanto finalista do curso de Tecnologia da Comunicação Audiovisual do DAI/ESMAE/IPP.

“A ideia surgiu da minha dificuldade e insegurança em avançar num trabalho. Decidi pegar no meu pequeno "demónio" e utilizá-lo como temática”, confessa Joana Reis, que aproveitou o processo criativo para “exorcizar” os seus medos em plena floresta.

“Tornou-se numa espécie de batalha entre mim e o meu demónio, daí ter criado um ambiente estético um pouco fantasista, pois tudo isto era uma questão interior”.

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O orçamento é uma das dificuldades a ultrapassar DR

“I’m Lost” ganhou “um cunho pessoal e, de certa forma, biográfico”. Joana Reis diz que chegou a existir “uma sensação de vulnerabilidade” dada a “exposição” de questões pessoais que ficaram transparentes perante as objectivas. “No entanto, sinto que este pormenor conseguiu enriquecer o trabalho”.

Essa foi uma das etapas que não faziam parte do complexo calendário: casting de modelos, repérage, testes de iluminação, selecção de adereços, transporte da equipa e “muita coisa para ser controlada no local”.

“Ao delinear o orçamento, apercebi-me de que teria de tomar outros rumos menos dispendiosos. Por isso, ocupei-me da maquilhagem e do cabelo da modelo, pois saberia que aí estaria uma grande parte do dinheiro que teria de gastar”.

Voar e aterrar

"I'm Lost", parte do "Projecto 11", esteve no Centro Português de Fotografia, no Porto, até ao dia 11 de Setembro. O futuro profissional de Joana Reis é o próximo desafio, quase uma peça de origami com uma série de vincos. O “cenário ideal” está entre a fotografia de moda e o fotojornalismo.

“São duas áreas que me fascinam imenso e que me dariam experiências completamente distintas”, aponta Joana Reis. “Diria mesmo que moda me faria voar e foto-jornalismo me colocaria os pés assentes na terra”.