Ainda vamos a tempo de ver e construir marionetas
Podemos construir bonecos, beber um copo e, por alguns momentos, até podemos ser um corpo extraordinário
Chegamos a tempo. A 22.ª edição do Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) ainda anda por aí.
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Chegamos a tempo. A 22.ª edição do Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) ainda anda por aí.
Há uma última oportunidade para ver a Circolando (21h30) no Teatro Helena Sá e Costa. O projecto “Pedra-Pão”, criação assinada por Patrick Murys, junta três actores que constroem personagens e que crescem num palco mutante marcado pelas ideias de precariedade e abandono.
Hoje, quinta-feira (22h), todos os caminhos vão dar ao terraço da Estação de Metro da Trindade, onde Olivia Cubero procura ultrapassar os limites físicos do corpo. “Cette Immense Intimité”, pela Compagnie Retouramont, é a relação da bailarina com a arquitectura. É uma escrita dupla: dança e imagens projectadas na parede. O acesso é gratuito.
Vamos a tempo de espreitar a “Estória do Tamanho das Palavras” (22 e 24, pelas 15h), estreia absoluta da Limite Zero (o texto de Thomas Bakk sugere uma família que vive numa biblioteca), e de visitar o Balleteatro (dia 23, 21h30), palco de “Dura Dita Dura”, pelo Teatro de Ferro. Conta-se a história de um menino, o Baltazar.
Capuchinho Vermelho XXX
O programa (e a vida) permite-nos voltar a "Capuchinho Vermelho XXX", criado em 1989 por João Paulo Seara Cardoso e o seu Teatro de Marionetas do Porto. Até dia 24, pelas 23h.
Pelo meio acontece o "Baile dos Corpos Extraordinários", numa parceria FIMP - Manobras no Porto. Igor Gandra, director artístico, descreve-o como um "baile mandado em que os dançarinos - que podem ser qualquer pessoa - são convidados a cumprir danças, mandadas por Mercedes Prieto, incorporando uma série de figuras e formas", que já estão a ser construídas, em regime de oficina aberta num ateliê da Rua das Flores.
O resultado pode ser visto em três ocasiões, no Porto: a 24 de Setembro na Praça da Cordoaria, a 25 na Festa do Outono, em Serralves, e a 1 de Outubro, no Centro Histórico, inserido no projecto “Manobras”.
Ainda há tempo para espreitar à janela e fazer companhia ao espectáculo “Sombras da Rua de Trás” (dia 23 e 24, pelas 22h, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães) e para nos perdermos em “Showrommdummies”, de Gisèle Vienne e Etienne Bideau Rey, cujo objectivo é “pôr em evidência o caos que o corpo vivo pode despoletar quando roça o inanimado”.
Até ao dia 24 de Setembro, na Cordoaria, o "Ateliê a Céu Aberto" convida à construção de marionetas e ao convívio com estes bonecos. Mesmo ao lado, no Campo dos Mártires da Pátria, a Esplanada FIMP promete um "Porto ao Pôr-do-Sol", diariamente, a partir das 18h30.