O Amor é o Melhor Remédio

Lá estão Jill Clayburgh e George Segal (numa sequência, fazem os pais da personagem de Jake Gyllenhaal), e isto deve ser a homenagem de Zwick a um outro tempo da comédia (sexual) americana, a dos anos 70. O filme está carregado de missão: fazer comédia (sexual) para adultos. Louvável intento. Mas sobra-lhe em programa o que lhe falta em sensualidade - Zwick é um realizador solene, e é apanhado em falso na comédia como um amante inábil na cama.

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Lá estão Jill Clayburgh e George Segal (numa sequência, fazem os pais da personagem de Jake Gyllenhaal), e isto deve ser a homenagem de Zwick a um outro tempo da comédia (sexual) americana, a dos anos 70. O filme está carregado de missão: fazer comédia (sexual) para adultos. Louvável intento. Mas sobra-lhe em programa o que lhe falta em sensualidade - Zwick é um realizador solene, e é apanhado em falso na comédia como um amante inábil na cama.


É verdade que os actores são obrigados a despir-se cena sim, cena não, e como eles são bonitos! Só que a coisa se torna claustrofóbica, compulsiva e angustiante. Fala-se do Viagra, Jake e Anne são monotemáticos, é o sexo, o sexo - incapazes de ligação afectiva, ela por causa do Parkinson que lhe cortou o futuro, ele pela natureza predadora -, e um dia, claro, vão descobrir o sentimento. (Ou seja, o mesmo de sempre, desta vez sem roupa). Mas progride-se de demonstração em demonstração. E mesmo não esquecendo a mama dela e o rabo dele, é uma contradição uma comédia sexual ser cinema com a libido em perda.