Quebra de Confiança
O que Billy Ray ("Shattered Glass", 2003) quis fazer em "Quebra de Confiança" é de destacar: pegar no "thriller" de espionagem, como aqueles que se faziam nos anos 70, limpá-lo das roupagens do género e deixar-nos a sós com duas personagens, um espião americano que durante anos vendeu informações aos russos (Chris Cooper) e um jovem pretendente à hierarquia do FBI destacado para ajudar a denunciá-lo (Ryan Philippe). Mais do que limpar os géneros das suas roupagens, Billy Ray esventra-o. Por isso ficamos com cavernosos azuis e cinzentos (tremendo trabalho de fotografia de Tak Fujimoto), uma realidade desfocada como a dos sonhos. Talvez se deva concluir, no entanto, que a fasquia está demasiado alta. Que se Ray teve Chris Cooper à altura, a "juventude" de Ryan Philippe (a sua personagem é família da personagem de Hayden Christensen em "Shattered Glass") é uma debilidade que afecta o filme. E que muitas vezes a linha que separa o misterioso e o sonâmbulo do tédio pode ser demasiado fina.
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O que Billy Ray ("Shattered Glass", 2003) quis fazer em "Quebra de Confiança" é de destacar: pegar no "thriller" de espionagem, como aqueles que se faziam nos anos 70, limpá-lo das roupagens do género e deixar-nos a sós com duas personagens, um espião americano que durante anos vendeu informações aos russos (Chris Cooper) e um jovem pretendente à hierarquia do FBI destacado para ajudar a denunciá-lo (Ryan Philippe). Mais do que limpar os géneros das suas roupagens, Billy Ray esventra-o. Por isso ficamos com cavernosos azuis e cinzentos (tremendo trabalho de fotografia de Tak Fujimoto), uma realidade desfocada como a dos sonhos. Talvez se deva concluir, no entanto, que a fasquia está demasiado alta. Que se Ray teve Chris Cooper à altura, a "juventude" de Ryan Philippe (a sua personagem é família da personagem de Hayden Christensen em "Shattered Glass") é uma debilidade que afecta o filme. E que muitas vezes a linha que separa o misterioso e o sonâmbulo do tédio pode ser demasiado fina.