Proof

Em "Proof - Entre o Génio e a Loucura" - "Proof", o original de Auburn, foi várias vezes, nos últimos dois anos, encenada nos palcos portugueses - Paltrow interpreta a filha de um genial matemático (Anthony Hopkins) - genial e invadido pelas raízes da loucura - já falecido que tenta lidar com essa herança. Qual delas? A loucura ou o génio? À volta dela, e do seu mundo que não abdica de se perder na memória, gravitam, à procura de sinais (ou sem capacidade de amor e de crença?) uma irmã que se afastara da casa familiar e um dos ex-alunos do brilhante matemático (Jake Gyllenhaal). O que quer que tenha feito o sucesso do texto de Auburn, este é um daqueles casos em que a adaptação cinematográfi ca de uma peça de teatro resultou num objecto indistinto: não esconde a matriz teatral, mas é como se tentasse remediá-la com fórmulas de cinema - e dar uma das personagens secundárias a Gyllenhaal, actor em notória ascensão no mundo do cinema, não ajuda nada, porque é um evidente desperdício decorativo: a personagem não lhe chega e ele não sabe o que anda ali a fazer. Nada do que se vê justifica que "Proof" tivesse sido um filme.

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Em "Proof - Entre o Génio e a Loucura" - "Proof", o original de Auburn, foi várias vezes, nos últimos dois anos, encenada nos palcos portugueses - Paltrow interpreta a filha de um genial matemático (Anthony Hopkins) - genial e invadido pelas raízes da loucura - já falecido que tenta lidar com essa herança. Qual delas? A loucura ou o génio? À volta dela, e do seu mundo que não abdica de se perder na memória, gravitam, à procura de sinais (ou sem capacidade de amor e de crença?) uma irmã que se afastara da casa familiar e um dos ex-alunos do brilhante matemático (Jake Gyllenhaal). O que quer que tenha feito o sucesso do texto de Auburn, este é um daqueles casos em que a adaptação cinematográfi ca de uma peça de teatro resultou num objecto indistinto: não esconde a matriz teatral, mas é como se tentasse remediá-la com fórmulas de cinema - e dar uma das personagens secundárias a Gyllenhaal, actor em notória ascensão no mundo do cinema, não ajuda nada, porque é um evidente desperdício decorativo: a personagem não lhe chega e ele não sabe o que anda ali a fazer. Nada do que se vê justifica que "Proof" tivesse sido um filme.