Sem contemplações nem demonizações
Este filme são dois filmes: um sobre os "kids" amorais, mais reconhecível, porque é território de um cineasta como Larry Clark (por essas e por outras é que Clark começa a ser hoje reconhecido como uma das mais marcantes, embora sinuosas, influências no cinema americano); o segundo é o filme do pedófilo (enorme, em todos os sentidos, o actor Brian Cox) e é a verdadeira singularidade de "L.I.E", pela forma como uma figura tão fácil de reduzir a clichés nos é mostrada sem contemplações mas também sem demonizações - podendo atrair até o espectador, que se descobre (culpado?) a criar simpatia pelo "ogre" e por isso é obrigado a gerir e a acautelar essa cumplicidade.
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Este filme são dois filmes: um sobre os "kids" amorais, mais reconhecível, porque é território de um cineasta como Larry Clark (por essas e por outras é que Clark começa a ser hoje reconhecido como uma das mais marcantes, embora sinuosas, influências no cinema americano); o segundo é o filme do pedófilo (enorme, em todos os sentidos, o actor Brian Cox) e é a verdadeira singularidade de "L.I.E", pela forma como uma figura tão fácil de reduzir a clichés nos é mostrada sem contemplações mas também sem demonizações - podendo atrair até o espectador, que se descobre (culpado?) a criar simpatia pelo "ogre" e por isso é obrigado a gerir e a acautelar essa cumplicidade.