Um forte sentimento de perda
"K-19" é o "Titanic" de Kathryn Bigelow? Há água, também, e tragédia... mas é uma forma, talvez demasiado óbvia, de a associar a James Cameron, outro nome do "cinema de acção" de Hollywood, com quem Bigelow, aliás, foi casada e com quem trabalhou em títulos da sua filmografia anterior. E a ser assim, foi o filme de Bigelow que foi ao fundo. O desastre comercial foi injusto, mas compreende-se: "K-19", o relato verídico da catástrofe a bordo de um submarino nuclear russo, nos anos 60, não cumpre nenhuma das regras do "cinema de acção" actual. Mais: nesse campo pode ser mesmo "anacrónico".É a história de um grupo de homens num espaço fechado, com a câmara à altura dos sentimentos e afectos das personagens. É uma história de sacrifício, e depois da projecção fica algum tempo connosco um forte sentimento de perda. E a memória de um actor e de uma personagem comoventes: Peter Sarsgaard, como o "filho" traidor e cobarde do K-19, que se transcende para se redimir.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
"K-19" é o "Titanic" de Kathryn Bigelow? Há água, também, e tragédia... mas é uma forma, talvez demasiado óbvia, de a associar a James Cameron, outro nome do "cinema de acção" de Hollywood, com quem Bigelow, aliás, foi casada e com quem trabalhou em títulos da sua filmografia anterior. E a ser assim, foi o filme de Bigelow que foi ao fundo. O desastre comercial foi injusto, mas compreende-se: "K-19", o relato verídico da catástrofe a bordo de um submarino nuclear russo, nos anos 60, não cumpre nenhuma das regras do "cinema de acção" actual. Mais: nesse campo pode ser mesmo "anacrónico".É a história de um grupo de homens num espaço fechado, com a câmara à altura dos sentimentos e afectos das personagens. É uma história de sacrifício, e depois da projecção fica algum tempo connosco um forte sentimento de perda. E a memória de um actor e de uma personagem comoventes: Peter Sarsgaard, como o "filho" traidor e cobarde do K-19, que se transcende para se redimir.