Homens de Cinzento
Os dias da crise dos mísseis de Cuba, em Outubro de 1962. Mais de duas horas nos corredores da diplomacia, nos corredores que dão acesso à Sala Oval da Casa Branca, perto das hesitações de JFK, que não quer levar o mundo à catástrofe, das angústias de Robert Kennedy, o Attorney General, e das pressões dos conselheiros militares. Chegamos a estes "homens de cinzento" através de Kevin Costner, que faz de conselheiro pessoal de JFK, Kenneth P. O'Donnell. E é ele, Costner, que supostamente deverá enformar o nosso olhar sobre o Presidente: "Os Kennedy são bons rapazes, são muito humanos". Isto não é grande coisa como eloquência hagiográfica; como documento de época, "Treze Dias" está limitado às "intrigas palacianas" (de vez em quando "saimos" da Casa Branca para entrarmos na casa de Costner e experimentar a família americana dos anos 60, mas é de uma exemplaridade anedótica) e como filme... como filme, "Treze Dias" deveria ser uma mini-série televisiva.
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Os dias da crise dos mísseis de Cuba, em Outubro de 1962. Mais de duas horas nos corredores da diplomacia, nos corredores que dão acesso à Sala Oval da Casa Branca, perto das hesitações de JFK, que não quer levar o mundo à catástrofe, das angústias de Robert Kennedy, o Attorney General, e das pressões dos conselheiros militares. Chegamos a estes "homens de cinzento" através de Kevin Costner, que faz de conselheiro pessoal de JFK, Kenneth P. O'Donnell. E é ele, Costner, que supostamente deverá enformar o nosso olhar sobre o Presidente: "Os Kennedy são bons rapazes, são muito humanos". Isto não é grande coisa como eloquência hagiográfica; como documento de época, "Treze Dias" está limitado às "intrigas palacianas" (de vez em quando "saimos" da Casa Branca para entrarmos na casa de Costner e experimentar a família americana dos anos 60, mas é de uma exemplaridade anedótica) e como filme... como filme, "Treze Dias" deveria ser uma mini-série televisiva.