A Sérvia está melhor mas o Brasil volta a vencer
Sul-americanos precisaram de mais de uma hora para abrir a porta do triunfo na estreia no Qatar. Richarlison apontou os dois golos do encontro.
Após a derrota frente ao Brasil na fase de grupos do Mundial da Rússia (2-0, com golos de Paulinho e Thiago Silva), muito mudou, para melhor, no conjunto da Sérvia. Conquistou uma presença no Qatar, depois de relegar Portugal para um play-off de acesso e deu boa réplica no reencontro com os sul-americanos quatro anos depois. O resultado é que foi o mesmo. Depois de resistir mais de uma hora à constelação de estrelas da equipa de Tite, acabou derrubada por um bis de Richarlison.
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Após a derrota frente ao Brasil na fase de grupos do Mundial da Rússia (2-0, com golos de Paulinho e Thiago Silva), muito mudou, para melhor, no conjunto da Sérvia. Conquistou uma presença no Qatar, depois de relegar Portugal para um play-off de acesso e deu boa réplica no reencontro com os sul-americanos quatro anos depois. O resultado é que foi o mesmo. Depois de resistir mais de uma hora à constelação de estrelas da equipa de Tite, acabou derrubada por um bis de Richarlison.
Com uma primeira parte em que as balizas foram protagonistas menores, o jogo esteve longe de ser monótono apesar do nulo que persistia ao intervalo. Frente ao super-favorito Brasil, a Sérvia jogou com a mesma personalidade que derrotou a selecção de Fernando Santos no Estádio da Luz, em Lisboa, há um ano, por 2-1.
Com Tite a apostar numa equipa titular bem ofensiva, juntando Vinícius Júnior a Neymar, ao ex-sportinguista Raphinha e a Richarlison, os brasileiros foram esbarrando com um conjunto pressionante, concentrado, bem posicionado e irrepreensível defensivamente. Mesmo assim, pertenceram aos latinos as melhores ocasiões da primeira metade.
Na melhor oportunidade, aos 27’, uma saída destemida do gigante Milinkovic-Savic aos pés de Vinícius, isolado por um passe magistral de Thiago Silva – que se tornou esta quinta-feira no mais veterano jogador do Brasil a disputar um mundial, com 38 anos, dois meses e três dias -, acabou por manter as redes sérvias a salvo.
Os sul-americanos regressaram ao relvado mais pressionantes e agressivos, imprimiram velocidade à partida e foram empurrando os sérvios à parede, mas não encontravam espaços para criar em zonas mais adiantadas. Com Neymar mais recuado em campo para ligar o jogo brasileiro, a equipa dependia muito das arrancadas de Vinícius Júnior na esquerda.
Depois de vários ensaios falhados – e após um remate do ex-portista Alex Sandro devolvido pelo poste, aos 60’ -, a dupla voltou a entrar em acção para desenhar um lance de golo. A defesa do guarda-redes adversário ao remate do avançado do Real Madrid, acabou por sobrar para Richarlison, que não falhou na recarga.
Até então a passar ao lado do jogo, o atacante voltou a brilhar aos 73’, bisando no encontro e estabelecendo o resultado final com um grande golo, candidato, desde já, a ser um dos melhores do torneio.
Sem nada a perder, os sérvios reforçaram o ataque, conseguiram marcar alguma presença na área adversária, mas nunca criaram verdadeiros lances de golo. Já defensivamente, demonstraram ser uma selecção difícil de ultrapassar e deixaram boas perspectivas para os dois jogos restam nesta primeira fase.
Já o Brasil não deslumbrou, mas também não comprometeu, mantendo intacto o seu estatuto de candidato à final. No último grande torneio de Tite – que já anunciou a sua saída após o Mundial -, os “canarinhos” não querem prolongar um jejum de 20 anos sem erguer o troféu, mas precisam de melhorar muito na finalização. No plantel não faltam soluções.