Man. City-Real Madrid, futebol em estado puro
Os britânicos levam para Espanha uma vantagem de um golo, num jogo em que foram marcados sete - um deles por Bernardo Silva - e outros tantos falhados.
A previsão era de que fosse um grande jogo de futebol e o duelo desta terça-feira entre o Manchester City e o Real Madrid, a contar para a primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões, não desiludiu. O lógico, agora, seria falar dos golos do jogo, e houve muitos, como que a confirmar a esperada espectacularidade da partida. Mas olhe-se para outro indicador. Em toda a primeira parte houve cinco faltas. Em 80 minutos houve 11. No jogo inteiro 16. No City of Manchester Stadium houve futebol em estado puro. Ah! E o City venceu o Real por 4-3.
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A previsão era de que fosse um grande jogo de futebol e o duelo desta terça-feira entre o Manchester City e o Real Madrid, a contar para a primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões, não desiludiu. O lógico, agora, seria falar dos golos do jogo, e houve muitos, como que a confirmar a esperada espectacularidade da partida. Mas olhe-se para outro indicador. Em toda a primeira parte houve cinco faltas. Em 80 minutos houve 11. No jogo inteiro 16. No City of Manchester Stadium houve futebol em estado puro. Ah! E o City venceu o Real por 4-3.
A partida entre “citizens” e “merengues” foi espectacular desde o início. Aos 2’ já os adeptos da equipa da casa festejavam o golo de Kevin de Bruyne e nove minutos depois novo motivo de celebração, com o tiro certeiro de Gabriel Jesus.
Seguiram-se minutos vertiginosos, com o Manchester City que chegou a este encontro com 18 jogos consecutivos sem perder no seu estádio para a Champions, a desperdiçar mais um par de boas oportunidades de golo.
Mas este Real Madrid já provou nesta edição da Liga dos Campeões que mesmo quando parece estar de joelhos é capaz de se reerguer, e basta lembrar as eliminatórias frente ao PSG e ao Chelsea, em que esteve praticamente eliminado e acabou por eliminar os seus opositores, para confirmar isto mesmo.
E foi Benzema (quem mais?) que manteve o Real a respirar, com um golo aos 33’, antecipando-se a Zinchenko e desviando de primeira e com o pé esquerdo um cruzamento de Mendy, fazendo com que tudo estivesse em aberto para a segunda parte.
Com Rúben Dias e Bernardo Silva a titulares (João Cancelo não foi chamado por estar a cumprir um jogo de castigo) o Manchester City voltou a entrar com um ritmo vertiginoso e a marcar “cedo”. Aos 52’ Foden recolocou a vantagem dos “citizens” em dois golos, aproveitando uma perda de bola de Vinícius Júnior e parecia que a partida iria inclinar-se definitivamente para o lado dos britânicos.
Só que uma arrancada do brasileiro desde a linha do meio campo, como que redimindo-se do erro cometido dois minutos antes, não foi parada por ninguém e o Real Madrid reduziu de novo a desvantagem para apenas um golo.
Com ocasiões de golo a surgirem junto de ambas as balizas, coube a Bernardo Silva evidenciar-se na partida. O internacional português não parou uma jogada em que o árbitro deu a lei da vantagem e aproveitou a momentânea apatia da defesa do Real para “fuzilar” Courtois a pouco mais de um quarto de hora para o final.
Com seis golos marcados e um 4-2 favorável ao Manchester City pensava-se que o jogo não teria mais nada para oferecer. Mas uma má abordagem a um cruzamento do central do City Laporte, proporcionou um penálti caído do céu ao Real Madrid que Benzema não desperdiçou, marcando “à Panenka” e fixando o resultado final aos 81’.
Daqui a uma semana joga-se a segunda mão. E, pela amostra desta terça-feira, “senhores passageiros, agarrem-se bem aos seus lugares”.