Os 25 de Abril nas fotogalerias e vídeos publicados no P3
Em 1975, as ruas encheram-se de gente ávida por votar. Em 2020, com as portas fechadas, abriram-se as janelas para cantar Grândola, vila morena. Uma visita a alguns artigos publicados nos últimos 25 de Abril.
Todos juntos, mas separados: por todo o país cantou-se Grândola, vila morena
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Todos juntos, mas separados: por todo o país cantou-se Grândola, vila morena
Não se pode fechar o 25 de Abril em casa, mesmo durante uma pandemia. Por isso, em 2020, abriram-se as janelas: às 15h, por todo o país, os portugueses foram à janela cantar Grândola, vila morena, a canção escolhida pelo Movimento das Forças Armadas, há 46 anos, para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. O vídeo que o P3 montou relembra um dos momentos do início da pandemia de covid-19, em Portugal.
Assim era Lisboa antes das primeiras eleições livres, em 1975
Para os mais jovens, será difícil reconhecer as ruas — e o país — nesta fotogaleria. As imagens recolhidas em Lisboa pelo fotojornalista holandês Rob Mieremet para a ANEFO, agência noticiosa holandesa, descrevem o frenesim da campanha que antecedeu o acto eleitoral. A 25 de Abril de 1975, a participação foi esmagadora: 91,7% dos 6,2 milhões de eleitores recenseados elegeram os deputados que prepararam e aprovaram a nova Constituição.
À frente nos resultados ficaram o PS, com 37,9% e o PPD, com 26,4%. Seguiram-se o PCP, com 12,5%, e o CDS, com 7,6% dos votos. Foram eleitos para a Assembleia Constituinte 230 homens e 20 mulheres.
Este livro afrontou o regime — e continua a ser uma arma (e um abraço)
Em 1971, nascia a obra Novas Cartas Portuguesas, na qual as “três Marias” reivindicavam o direito da mulher a ter corpo e pensamento. As autoras foram julgadas, o livro destruído, mas além-fronteiras foi considerada a primeira causa feminista internacional. Cinquenta anos depois, o livro ainda agita a vida das jovens.
Mostra dos Cravos: uma exposição de ilustração pelo “significado de Abril”
No ano em que o período de democracia superou o da ditadura em Portugal, a Galeria Padaria Águas Furtadas leva ao Porto uma exposição dedicada à liberdade e ao 25 de Abril, com uma Mostra dos Cravos. Nesta exposição informal estão reunidos 11 ilustradores, de todo o país, que responderam a um convite: “Fala-me de Liberdade...”.