1. Viver plenamente a festa ou alertar para as dificuldades enormes que ela esconde? Há duas maneiras de olhar para os resultados das eleições presidenciais em França. Emmanuel Macron apenas perdeu oito pontos percentuais entre 2017 e 2022, apesar da sucessão de crises que teve de enfrentar e do desgaste inevitável do poder. Marine Le Pen, perdeu, mas obteve a sua maior vitória de sempre. Na noite de domingo, durante os debates nas televisões francesas sobre os resultados eleitorais, predominaram os alertas e até um indisfarçável azedume pela segunda vitória de Macron, a primeira reeleição de um Presidente desde 2002. Não podia ter sido mais forte o contraste entre a festa do Champ de Mars, com a Torre Eiffel em fundo, e os comentários pessimistas dos representantes dos outros partidos democráticos – socialistas, republicanos, ecologistas - ou as palavras revanchistas da União Nacional de Le Pen ou da Reconquista de Zemmour. Ou, ainda, a fúria incontida dos porta-vozes de Mélenchon, a prometerem subverter a vitória do Presidente na “terceira volta” das presidenciais, ou seja, nas legislativas de Junho.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
1. Viver plenamente a festa ou alertar para as dificuldades enormes que ela esconde? Há duas maneiras de olhar para os resultados das eleições presidenciais em França. Emmanuel Macron apenas perdeu oito pontos percentuais entre 2017 e 2022, apesar da sucessão de crises que teve de enfrentar e do desgaste inevitável do poder. Marine Le Pen, perdeu, mas obteve a sua maior vitória de sempre. Na noite de domingo, durante os debates nas televisões francesas sobre os resultados eleitorais, predominaram os alertas e até um indisfarçável azedume pela segunda vitória de Macron, a primeira reeleição de um Presidente desde 2002. Não podia ter sido mais forte o contraste entre a festa do Champ de Mars, com a Torre Eiffel em fundo, e os comentários pessimistas dos representantes dos outros partidos democráticos – socialistas, republicanos, ecologistas - ou as palavras revanchistas da União Nacional de Le Pen ou da Reconquista de Zemmour. Ou, ainda, a fúria incontida dos porta-vozes de Mélenchon, a prometerem subverter a vitória do Presidente na “terceira volta” das presidenciais, ou seja, nas legislativas de Junho.