Sporting regressa aos triunfos e está a um ponto de garantir segundo lugar

Depois das derrotas frente ao Benfica para o campeonato e de serem afastados da Taça de Portugal pelo FC Porto, os “leões” reencontraram-se frente ao Boavista e estão muito perto de carimbar a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões da próxima temporada.

Foto
Matheus Nunes festeja o golo no Bessa EPA/ESTELA SILVA

Depois de perdidas as hipóteses da revalidação do título e da eliminação da Taça de Portugal, o Sporting voltou aos triunfos no Bessa frente ao Boavista. Com golos de Matheus Reis e Tabata e um autogolo de Abascal, a equipa de Alvalade ficou a um ponto de garantir o segundo lugar e reservar um lugar na fase de grupos da próxima edição da Liga dos Campeões. É o objectivo que resta para esta temporada a uma equipa que chegou a sonhar muito alto. Apesar de serem superiores ao longo de toda a partida, os “leões” acabaram por ser felizes no resultado final, face aos deslizes desastrosos da defesa contrária.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Depois de perdidas as hipóteses da revalidação do título e da eliminação da Taça de Portugal, o Sporting voltou aos triunfos no Bessa frente ao Boavista. Com golos de Matheus Reis e Tabata e um autogolo de Abascal, a equipa de Alvalade ficou a um ponto de garantir o segundo lugar e reservar um lugar na fase de grupos da próxima edição da Liga dos Campeões. É o objectivo que resta para esta temporada a uma equipa que chegou a sonhar muito alto. Apesar de serem superiores ao longo de toda a partida, os “leões” acabaram por ser felizes no resultado final, face aos deslizes desastrosos da defesa contrária.

Sem referências ofensivas para a partida com os “axadrezados”, face ao afastamento de Slimani da equipa e ao castigo de Paulinho, Rúben Amorim garantira na antecipação do encontro que a sua equipa gosta de jogar com um ataque mais móvel e imprevisível. Na véspera, quando questionado sobre as razões que levaram à ausência do avançado argelino (que não foi feliz neste regresso a Alvalade, onde apontou quatro golos em 12 partidas), o treinador limitou-se a adiantar que este “é um assunto encerrado”.

Para além da ausência de referências na área adversária, Amorim antecipou também que iria voltar a apostar numa linha defensiva a três, como fizera na visita a Tondela, na penúltima jornada da Liga, que venceu por 3-1. Esse foi exactamente o último triunfo dos “leões”, que sofreram derrotas nas duas partidas seguintes frente aos seus principais rivais: 0-2 com o Benfica, em Alvalade para o campeonato, que afastou definitivamente o conjunto “leonino” da revalidação do título; 1-0 frente ao FC Porto, que eliminou os lisboetas da Taça de Portugal.

Desaires que hipotecaram as chances do Sporting nas duas principais competições nacionais, mas com a luta pelo vice-campeonato ainda em aberto, os lisboetas não quiseram tornar mais penosa esta fase final do campeonato. Na deslocação à Invicta, os “leões” entraram em campo sabendo que o FC Porto não iria confirmar o título já esta segunda-feira e fizeram o que lhes competia.

Bastaria aos “dragões” terminarem a jornada 31 com um resultado melhor do que os lisboetas para festejarem, mas a derrota frente ao Sp. Braga, no Minho, pouco antes do início do jogo do Bessa, retirou pressão ao conjunto de Rúben Amorim e adiou a mais que provável conquista portista.

Sem grande ansiedade, o Sporting assumiu o encontro, com mais posse de bola, mas demorou a criar situações de golo junto da baliza do Boavista. Para isso foi preciso aguardar até ao minuto 25’, quando Pedro Gonçalves perdeu o duelo com o guarda-redes Bracali, após uma jogada bem conseguida da sua equipa na zona central.

Foi necessária mais alguma insistência para os visitantes tornarem mais efectiva a sua superioridade. Aos 37’, Nuno Santos, na esquerda, cruzou rasteiro, com Porozo a falhar incrivelmente o corte e a bola a sobrar para Matheus Nunes inaugurar o marcador, com um pontapé colocado em zona frontal que ainda tocou no poste direito antes de entrar na baliza. Foi o quarto golo do médio internacional português esta temporada.

Apesar da desvantagem, os “axadrezados”, como costuma ser seu apanágio nos encontros com os “leões”, estiveram longe de ser um adversário passivo e, de forma aguerrida, procuravam surpreender e até estiveram perto disso em especial na segunda metade. Mas esbarravam com uma linha recuada “leonina” bem organizada e eficaz, liderada pelo experiente Coates, que dava segurança à equipa e em particular às suas unidades mais avançadas. Aos 41’, o Sporting ameaçou ampliar a vantagem, valendo uma grande defesa de Bracali a travar o remate do espanhol Sarabia. Em três oportunidades, os ainda campeões nacionais acabaram por somar um golo, que os colocava na frente ao intervalo.

O marcador voltaria mesmo a mexer aos 58’ da segunda metade, num lance caricato e azarado para o Boavista. Numa iniciativa do lado direito dos lisboetas, Edwards recebeu de Esgaio e, ao tentar um cruzamento, a bola embateu em Abascal, sobrevoando Bracali e batendo no poste contrário até atravessar a linha de golo, antes do guarda-redes “axadrezado” a retirar para fora. O pesadelo de Abascal não terminou aqui e, aos 83’, derrubou Tabata na área, com o brasileiro (que substituíra Pedro Gonçalves aos 69') a apontar da marca da grande penalidade o terceiro golo. Descansou o Sporting, deixando o Benfica bem mais longe do segundo lugar.