Assis defende alargamento do entendimento político que existe na UGT
Francisco Assis considerou positiva a capacidade que o PS e o PSD têm para se entender ao nível sindical, através das respectivas tendências organizadas na UGT e representadas nos seus órgãos sociais.
O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, defendeu hoje a necessidade de se alargar ao nível político o consenso e a colaboração que já existe ao nível sindical entre o PS e o PSD, dentro da UGT.
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O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, defendeu hoje a necessidade de se alargar ao nível político o consenso e a colaboração que já existe ao nível sindical entre o PS e o PSD, dentro da UGT.
Francisco Assis considerou positiva a capacidade que o PS e o PSD têm para se entender ao nível sindical, através das respectivas tendências organizadas na UGT e representadas nos seus órgãos sociais.
“Isso é bom. Muitas vezes tem que se projectar esse entendimento para novos planos e temos hoje condições para o fazer”, disse na intervenção que fez na abertura do 14.º Congresso da UGT, que decorre em Santarém, referindo a maioria absoluta do PS.
Francisco Assis elogiou o papel da UGT na democracia portuguesa e no reforço da concertação social.
“A UGT é um garante do pluralismo democrático”, afirmou na intervenção que fez na abertura do 14.º Congresso da UGT, que decorre em Santarém.
O presidente do CES afirmou mesmo que se a UGT não estivesse na concertação social nunca teriam sido assinados acordos de concertação social.
Lembrou que dentro de dias será de novo sujeito a um processo eleitoral no Parlamento, para ver renovado o seu mandato no CES.
“Não será a eleição mais difícil da minha vida”, afirmou, acrescentando que conta já com o apoio do Partido Socialista, que propôs a sua candidatura, e do PSD, o que lhe garantirá os votos necessários.
Falou com optimismo do futuro da concertação social e salientou o “contributo importante” que esta deu, ao longo da pandemia da covid-19, para encontrar soluções que evitaram “uma crise sanitária com consequências desumanas”.
Tal como a maioria dos oradores que o antecederam, Francisco Assis também falou da guerra da Ucrânia e das suas consequências e revelou que se emocionou com a intervenção no parlamento português, na quinta-feira, do presidente ucraniano, que se referiu à revolução do 25 de Abril de 1974.
Assis considerou que os que se ofenderam com a intervenção do presidente da Ucrânia é que ofenderam o espírito da democracia.
“Eu não tenho a certeza de que todos os que estão hoje ao lado da Ucrânia são democratas, mas tenho uma certeza: os que estão contra a Ucrânia é que não são democratas”, afirmou o presidente do CES.