Nomadismo Digital, um regresso conturbado e um feliz acaso
Aquela que seria a aventura da vida do casal, conhecido por Circum Mundum, começou com o aviso de que o país iria fechar brevemente e que era melhor apressarem-se no caso de quererem voltar a Portugal. Podia ter sido um conto de fadas, mas não seria a mesma coisa.
A melhor palavra para definir o jovem casal de nómadas digitais, conhecido por Circum Mundum, é o acaso. A jornada da Daniela e do Bruno derivou nada mais, nada menos do que um feliz acaso. No final de 2019, o casal já bem estabilizado na sua rotina, emprego garantido e dinheiro poupado para uma casa, decidiu trocar o certo pelo incerto, pegar nas poupanças e fazer uma grande viagem pela Ásia.
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A melhor palavra para definir o jovem casal de nómadas digitais, conhecido por Circum Mundum, é o acaso. A jornada da Daniela e do Bruno derivou nada mais, nada menos do que um feliz acaso. No final de 2019, o casal já bem estabilizado na sua rotina, emprego garantido e dinheiro poupado para uma casa, decidiu trocar o certo pelo incerto, pegar nas poupanças e fazer uma grande viagem pela Ásia.
O plano original começava na China, passava pelo Japão e Coreia, incluía todo Sudeste Asiático, Índia, Sri Lanka e Nepal e, terminava no Médio Oriente. Mas com o surgimento da covid-19, o que era para ser uma viagem de nove meses transformou-se numa viagem de apenas quatro semanas.
Com todo o panorama da altura e já com a ideia de alterar os planos, a Daniela e o Bruno decidiram então começar pela Ásia Central, tendo início no Uzbequistão. Chegados a Taskent, o casal decidiu apanhar um autocarro nocturno para Khiva, “cidade das mil e uma noites”, onde começou toda a aventura que, sem querer, lhes proporcionou a vida pela qual se apaixonaram.
Tudo começou com dois viajantes a avisá-los de que o país iria fechar brevemente e que era melhor apressarem-se no caso de quererem voltar a Portugal. Podia ter sido um conto de fadas, mas não seria a mesma coisa.
Daniela e Bruno viram-se presos num cenário digno de ficção científica, e apesar de se encontrarem ainda em estado de negação decidiram fazer-se à estrada, ou neste caso, ao bilhete de avião de regresso a Portugal. Passaram por alguns percalços e umas quantas peripécias para voltar ao seu país, mas pelo caminho fizeram amigos, testemunharam a sorte do viajante e ainda fizeram breves paragens em Munique, Londres e Madrid.
Chegados a Portugal, admitem que não foi fácil adaptarem-se à realidade vivida na altura. Estavam de volta à casa dos pais, sem emprego e com o dinheiro todo que tinham poupado empatado na planeada viagem de nove meses.
Algum tempo depois e já sem esperança do regresso à normalidade pré-covid, decidiram procurar emprego. Após algumas tentativas e com direito a estrelinha da sorte, ambos acabaram por arranjar empregos remotos nos EUA, surgindo assim a ideia do Nomadismo Digital.
O casal aproveita agora para viver cada mês num país diferente, podendo voltar a Portugal, sempre que a saudade apertar.
E eis como, de um acaso, surgiu uma realidade que jamais teriam imaginado.
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