Videodança em destaque no primeiro Festival do Desassossego

A iniciativa da Esquiva Companhia de Dança conta com filmes de Portugal, Singapura, Brasil ou México e acontece este fim-de-semana no Luz e Vida, em Valbom, Gondomar.

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Make Myself at Home, de Supatchai Lappakornkul, é um dos filmes em exibição no festival DR

Curtas-metragens de videodança de 28 países vão estar em competição e exibição na primeira edição do Desassossego Festival de Curtas de Dança, uma produção da Esquiva Companhia de Dança em parceria com Associação Recreativa Valboense Luz e Vida, em Valbom, Gondomar, onde decorrerá nos dias 23 e 24.

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Curtas-metragens de videodança de 28 países vão estar em competição e exibição na primeira edição do Desassossego Festival de Curtas de Dança, uma produção da Esquiva Companhia de Dança em parceria com Associação Recreativa Valboense Luz e Vida, em Valbom, Gondomar, onde decorrerá nos dias 23 e 24.

Exist, do realizador João Meirinhos e da coreógrafa portuguesa Diana Niepce; Baby Teeth, do canadiano Vince Hattrup; Make Myself at Home, do singapurense Supatchai Lappakornkul; e Queda nº 1, dos brasileiros Babi Fontana e Victor Costa, são alguns dos filmes seleccionados e distribuídos por duas sessões, entre outras curtas provenientes de países como Arménia, França, Espanha, Estados Unidos, México, Grécia ou Indonésia.

No dia 23 há um jantar-cinema que se propõe a juntar artistas e público, com a apresentação de trabalhos de duas juradas do festival: Landing e Untraceable Patterns, que partem dos espectáculos homónimos da sua autora, Né Barros, coreógrafa, directora do Balleteatro e responsável pelo festival de cinema Family Film Project; e Lady Blackshirt, da coreógrafa, bailarina e realizadora australiana sediada em Bristol Roseanna Anderson. Neste filme, a também co-directora da companhia de dança Impermanence debruça-se sobre a história de Mary Richardson e de outras militantes do movimento sufragista no Reino Unido que, durante os anos 1930 e apesar de se considerarem feministas, viriam a liderar a secção de mulheres da União Britânica de Fascistas (um dos mais interessantes e peculiares episódios da história política britânica do século XX explanado no livro Lady Blackshirts: The Perils of Perception – ​suffragettes who became fascists).

Já no dia 24, após a atribuição dos prémios, acompanhada por uma conversa com as juradas Né Barros, Roseanna Anderson e Joana Gusmão (da direcção do festival Doclisboa), têm lugar uma performance musical de WTF Bach, projecto do compositor e pianista americano Evan Shinners, e uma actuação dos Solar Corona Elektrische Maschine, em substituição dos Sereias, que por motivos de força maior já não poderão ali levar o concerto de lançamento do seu segundo disco. O festival fica completo com o workshop Filmar a Dança, orientado por Ricardo Leite e aberto ao público geral (inscrição obrigatória com o custo de 20€), e com um mercado dedicado a artigos sustentáveis. Os bilhetes para as sessões custam 2€.

Notícia corrigida a 23/04, acrescentando a informação de que o concerto dos Sereias será substituído por uma actuação dos Solar Corona Elektrische Maschine