Henrique Barros: “Os efeitos nefastos das máscaras nas escolas são muito maiores do que as vantagens”
O presidente do Conselho Nacional de Saúde defende que não devemos esperar até que as mortes com covid-19 fiquem abaixo das 20 por milhão de habitantes para acabarmos com a obrigatoriedade do uso de máscara nas escolas.
“A utilização da máscara tem impactos na aprendizagem, na socialização, em momentos críticos do desenvolvimento das crianças”, sublinha Henrique Barros, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), no dia em que este órgão consultivo do Governo veio a público defender que se deve acabar com a obrigatoriedade das máscaras nas escolas. “As desvantagens” são “muito maiores do que as vantagens”, justifica o epidemiologista, para quem não faz sentido esperar que as mortes com covid-19 fiquem abaixo do limiar definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) — menos de 20 por milhão de habitantes nos últimos 14 dias — para se acabar com esta restrição. “O ECDC definiu isto numa altura em que a pandemia estava em enorme ebulição, em que morria gente de todas as idades. Era uma espécie de meta para que não se facilitassem as medidas e é anterior à existência de vacinas”, afirma. E pergunta: “Vamos ficar presos a um número?” O CNS inclui representantes de associações de doentes e das ordens profissionais do sector da saúde.
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“A utilização da máscara tem impactos na aprendizagem, na socialização, em momentos críticos do desenvolvimento das crianças”, sublinha Henrique Barros, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), no dia em que este órgão consultivo do Governo veio a público defender que se deve acabar com a obrigatoriedade das máscaras nas escolas. “As desvantagens” são “muito maiores do que as vantagens”, justifica o epidemiologista, para quem não faz sentido esperar que as mortes com covid-19 fiquem abaixo do limiar definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) — menos de 20 por milhão de habitantes nos últimos 14 dias — para se acabar com esta restrição. “O ECDC definiu isto numa altura em que a pandemia estava em enorme ebulição, em que morria gente de todas as idades. Era uma espécie de meta para que não se facilitassem as medidas e é anterior à existência de vacinas”, afirma. E pergunta: “Vamos ficar presos a um número?” O CNS inclui representantes de associações de doentes e das ordens profissionais do sector da saúde.