Magnata russo Oleg Tinkov fala em “massacre” e “guerra louca” na Ucrânia

“Como é que o exército podia ser bom se tudo o resto no país é merda e atolado em nepotismo, sicofantismo e subserviência?”, criticou o magnata.

Foto
Oleg Tinkov fundou o Tinkoff Bank em 2006. Há alguns anos que vive fora da Rússia Reuters/Maxim Shemetov

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.


O magnata russo Oleg Tinkov denunciou o “massacre” russo na Ucrânia e pediu ao Ocidente que ajude a acabar com a “guerra louca” no país.

É um dos empreendedores russos mais conhecidos, depois de ter fundado o Tinkoff Bank em 2006. Há alguns anos que vive fora da Rússia e, esta quarta-feira, tornou-se num dos russos mais críticos da acção militar russa na Ucrânia: disse que o seu país natal tinha um “exército de merda” e que 90% dos russos estavam “contra esta guerra”. “Claro que há 10% de idiotas que escrevem Z [um símbolo de apoio aos russos na guerra], mas 10% de qualquer país são idiotas.”

“Ao acordarem depois de uma ressaca, os generais perceberam que tinham um exército de merda”, escreveu no Instagram. “Como é que o exército podia ser bom se tudo o resto no país é merda e atolado em nepotismo, sicofantismo e subserviência?”

“Não vejo ninguém que beneficie com esta guerra”, escreveu ainda o magnata, que foi alvo das sanções do Ocidente. “Pessoas inocentes e soldados estão a morrer”.

“Caro Ocidente colectivo, por favor dêem a Putin uma saída clara, para não se envergonhar e acabar com este massacre. Sejam racionais e humanitários”, escreveu, desta vez em inglês.

O Tinkoff Bank afirmou em comunicado que esta é a “opinião privada” de Tinkov, que recusa comentar, mas acrescenta que o fundador já “não é um empregado do Tinkoff”. O magnata deixou de ser presidente do banco em 2020.