Chá Lá Lá, lançado há algumas semanas, é o álbum que concentra “o lado mais pop e extrovertido” de Miguel Araújo. Ou seja, o lado que herdará, por ventura, a relação mais despudorada com a pop com mira radiofónica afinada que manteve enquanto membro de Os Azeitonas e que, há dez anos, quando lançou o primeiro álbum a solo, decidiu deixar em pousio. Porque na altura em que juntou as canções de Cinco Dias e Meio (2012), esse percurso a solo que então se iniciava era justificado, precisamente, pela inadequação do seu “lado mais melancólico” ao reportório da banda de Anda comigo ver os aviões. A divisão era fácil: a banda ficava com as canções solares, o músico solitário com aquelas que soavam mais outonais. Só que a divisão não se desfez mesmo depois de deixar Os Azeitonas e “a carreira a solo foi sofrendo do outro lado do espelho”, explica o músico ao PÚBLICO, “e, por alguma razão, não ia colocando nos álbuns as canções mais pop porque destoavam.”
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Chá Lá Lá, lançado há algumas semanas, é o álbum que concentra “o lado mais pop e extrovertido” de Miguel Araújo. Ou seja, o lado que herdará, por ventura, a relação mais despudorada com a pop com mira radiofónica afinada que manteve enquanto membro de Os Azeitonas e que, há dez anos, quando lançou o primeiro álbum a solo, decidiu deixar em pousio. Porque na altura em que juntou as canções de Cinco Dias e Meio (2012), esse percurso a solo que então se iniciava era justificado, precisamente, pela inadequação do seu “lado mais melancólico” ao reportório da banda de Anda comigo ver os aviões. A divisão era fácil: a banda ficava com as canções solares, o músico solitário com aquelas que soavam mais outonais. Só que a divisão não se desfez mesmo depois de deixar Os Azeitonas e “a carreira a solo foi sofrendo do outro lado do espelho”, explica o músico ao PÚBLICO, “e, por alguma razão, não ia colocando nos álbuns as canções mais pop porque destoavam.”