Bomba de combustível cobrava até 1,65 euros mesmo antes de abastecer

ASAE detectou posto de Vila Pouca de Aguiar em prática especulativa. Além deste caso, outros foram detectados em Braga, Viseu e Santa Maria da Feira.

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Bomba de combustível apanhada em prática especulativa Paulo Pimenta

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) detectou, “em flagrante delito”, uma bomba de combustível, de gasóleo simples, em prática especulativa, numa estação de serviço no concelho de Vila Pouca de Aguiar. Além deste caso, outros foram detectados em Braga, Viseu e Santa Maria da Feira.

São já quatro ocorrências semelhantes detectadas pela ASAE num espaço de poucos meses, informa aquela polícia em comunicado. “Houve situações relativamente baixas, de dez cêntimos, houve outras de quase um euro e este agora um pouco mais elevado. São tudo elementos que têm de ser avaliados para saber se há alguma ligação”, afirmou à TSF o inspector-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar.

Durante a acção em Vila Pouca de Aguiar, os inspectores verificaram que, “no início de cada abastecimento, após o reset do contador e mesmo antes de ser pressionado o manípulo da agulheta da bomba, o contador alterava-se automaticamente, cobrando valores até 1,65 euros, sem que o consumidor tenha feito qualquer abastecimento efectivo”.

“Os equipamentos em causa já tinham sido sujeitos a controlo metrológico este ano, exibindo o respectivo selo de validade e de conformidade, tendo-se procedido à sua selagem e respectiva apreensão, de forma cautelar, para a respectiva perícia técnica”, diz a ASAE.

Em causa estão “fortes indícios” do crime de especulação e eventual crime de falsificação de notação técnica. Os factos foram “de imediato comunicados ao Ministério Público”. Pedro Portugal Gaspar recomenda que os consumidores tenham atenção para evitar ser prejudicados.