Entre 2500 e 3000 soldados ucranianos foram mortos, diz Zelensky

Volodimir Zelensky fala pela primeira vez sobre o número de baixas entre os seus soldados. Afirma que entre 2500 a 3000 terão morrido e que, quanto aos civis, o número será bastante maior — com uma estimativa de 20 mil mortos apenas em Mariupol.

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Dos 10.000 soldados feridos não se sabe quantos poderão sobreviver Reuters/SERHII NUZHNENKO

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O Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que desde o início da guerra houve entre 2500 e 3000 soldados mortos nas fileiras e cerca de 10.000 feridos. Dos feridos, disse Zelensky em entrevista à CNN, é difícil dizer quantos vão sobreviver. O número de soldados mortos entre os invasores estimado pelos ucranianos é de 20 mil, mas o lado russo reconheceu apenas 1350 soldados mortos em combate.

Por outro lado, o Presidente ucraniano disse, na sua habitual mensagem em vídeo, que o país enfrenta o enorme desafio de reconstruir os locais que foram recuperados e destruídos pelos invasores russos.

Por sua vez, as mortes de civis durante a guerra, segundo Zelensky, são mais difíceis de estimar devido à situação em algumas áreas do país onde há cidades bloqueadas pelos invasores. “É difícil estimar as mortes de civis, especialmente onde há cidades sitiadas como Kherson ou Mariupol. Não sabemos exactamente quantas pessoas morreram nas áreas bloqueadas”, disse o Presidente ucraniano, citado pela agência noticiosa EFE.

As autoridades municipais de Mariupol estimaram que até 20.000 civis podem ter sido mortos na cidade.

Na entrevista à CNN, Zelensky expressou receio de que o Presidente russo, Vladimir Putin, recorra ao uso de armas nucleares ou químicas porque, segundo o líder ucraniano, “para ele [Putin], a vida das pessoas na Ucrânia não tem valor”. “Não apenas a Ucrânia, mas todos os países do mundo deveriam estar preocupados”, disse Volodimir Zelensky.

Ele [o Presidente russo] pode usar armas químicas, para ele a vida das pessoas não vale nada. Não devemos pensar que temos de ter medo, mas que temos de estar preparados. Não é apenas um assunto da Ucrânia, mas de todo o mundo”, concluiu.

A Rússia lançou, em 24 de Fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo a ONU, matou quase 2000 civis. A ofensiva foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que enviou armamento para a Ucrânia e aplicou sanções económicas e políticas à Rússia.