Crença do Moreirense garante vitória na luta pela manutenção

Minhotos vencem Tondela e roubam o 16.º lugar da I Liga aos beirões, que somam o segundo desaire seguido.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

O Moreirense recebeu e venceu o Tondela neste sábado, por 2-0, saindo assim da zona de despromoção directa da I Liga portuguesa de futebol. Num jogo de capital importância na discussão da permanência, os minhotos trocaram de posição com os beirões na tabela (16.º e 17.º classificados, respectivamente) e garantiram vantagem no confronto directo.

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O Moreirense recebeu e venceu o Tondela neste sábado, por 2-0, saindo assim da zona de despromoção directa da I Liga portuguesa de futebol. Num jogo de capital importância na discussão da permanência, os minhotos trocaram de posição com os beirões na tabela (16.º e 17.º classificados, respectivamente) e garantiram vantagem no confronto directo.

Numa espécie de final entre aflitos, o Moreirense respirou fundo ao mesmo tempo que asfixiou o Tondela. Mas, de ambos os lados, sentiu-se desde cedo o receio de perder com maior intensidade do que a vontade de ganhar.

Sá Pinto tinha falado de um jogo que valia seis pontos na antevisão à partida. A cinco jornadas do fim, e olhando para a posição que as duas equipas ocupavam, não poderia ter mais razão. É verdade que ficariam sempre 12 pontos por disputar até ao final, mas um eventual vencedor neste sábado teria outro embalo para enfrentar o que resta do campeonato.

Numa primeira parte de estudo mútuo e blocos defensivos reforçados, foram os minhotos que mais quiseram desbloquear o jogo. Com uma casa bem composta, uma tarde agradável e a força do último resultado, a vitória em Barcelos que voltou a trazer esperança pela permanência, Sá Pinto manteve a equipa praticamente inalterada em relação a essa jornada, com a única excepção a estar relacionada com o castigo de Fábio Pacheco.

A necessidade de sair dos lugares de descida frente a um rival directo teve peso e, depois de meia hora de luta intensa, o conjunto de Sá Pinto deu um safanão no jogo, encostou o Tondela ao seu sector mais recuado e procurou o golo. Ideia explorada ao máximo pelo corredor esquerdo, com Frimpong e Derik – cedo lançado no lugar do lesionado Yan Matheus – a abrirem uma estrada para a área.

Aliás, Derik Lacerda viria inclusive a ser a figura da partida. O camisola 27 foi o denominador comum nas melhores oportunidades, transformadas em golo pelo sentido de oportunidade de Rafael Martins e Mirallas.

Aos 40 minutos, Trigueira não conseguiu agarrar o remate e Rafael Martins chegou primeiro ao ressalto. Depois foi já em cima do intervalo, com o mesmo Lacerda a fintar vários adversários e a servir Mirallas, na estreia a marcar em Portugal. Dois raides pela esquerda que impulsionaram a fé cónega para o resto da partida.

O segundo tempo deu a ver mais dos visitantes, obrigatoriamente. Os beirões tentaram esboçar uma reacção, sendo verdade que era difícil fazer pior do que no primeiro tempo.

Ainda assim, as melhorias existiram, apesar de residuais e mais reactivas do que propriamente conseguidas com organização. Um Tondela sem poder de fogo ainda teve uma réstia de esperança quando Marcelo Alves fez a rede abanar, mas tinha feito falta antes de cabecear.

O golo não viria a aparecer e Sá Pinto rapidamente percebeu o crescimento do adversário e respondeu com frescura nos corredores, à procura de uma oportunidade em transição que colocasse um ponto final na partida. Aqui há mérito dos cónegos, que seguraram a vantagem como numa verdadeira final.

Confortáveis na partida, os vimaranenses guardaram os três preciosos pontos até ao fim e, depois de muito tempo em zona de despromoção directa, subiram ao lugar de play-off.