Anna Heringer, Francis Keré e a Terra

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No Museu ICO, em Madrid, Essential Beauty de Anna Heringer Julio César González

Inaugurou recentemente no Museu ICO, em Madrid, a exposição retrospectiva Essential Beauty de Anna Heringer, com curadoria do director da revista ArquitecturaViva e crítico do jornal El País, Luís Fernández-Galiano. Arquitecta e activista, Anna nasceu em 1977 na cidade alemã de Laufen, perto de Salzburgo, tendo sido missionária aos 19 anos no Bangladesh para a ONG Dipshikha em trabalho de desenvolvimento sustentável junto das populações ­ — experiência que 8 anos mais tarde acabaria por transferir para o voluntariado no campo da arquitectura. A recipiente do prémio Aga Khan de 2007 afirma que “a arquitectura é acima de tudo uma ferramenta para melhorar a vida das pessoas,” ou, revisitando o adágio funcionalista, form follows love. O seu projecto de final de licenciatura em 2004, “Uma escola feita-à-mão no Bangladesh”, levou-a de volta ao país e à angariação de fundos para a sua efectiva construção no norte do país, na aldeia de Rudrapur, concluída pouco depois, em 2006. Com o nome oficial de METI (Modern Education and Training Institute), a obra foi construída pela comunidade local, utilizando pouco mais que os materiais disponíveis na zona, nomeadamente argila compactada (vulgo, taipa de pilão em Portugal) e bambu, este último adquirido aos agricultores locais e utilizado em componentes estruturais e na própria fachada.

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Inaugurou recentemente no Museu ICO, em Madrid, a exposição retrospectiva Essential Beauty de Anna Heringer, com curadoria do director da revista ArquitecturaViva e crítico do jornal El País, Luís Fernández-Galiano. Arquitecta e activista, Anna nasceu em 1977 na cidade alemã de Laufen, perto de Salzburgo, tendo sido missionária aos 19 anos no Bangladesh para a ONG Dipshikha em trabalho de desenvolvimento sustentável junto das populações ­ — experiência que 8 anos mais tarde acabaria por transferir para o voluntariado no campo da arquitectura. A recipiente do prémio Aga Khan de 2007 afirma que “a arquitectura é acima de tudo uma ferramenta para melhorar a vida das pessoas,” ou, revisitando o adágio funcionalista, form follows love. O seu projecto de final de licenciatura em 2004, “Uma escola feita-à-mão no Bangladesh”, levou-a de volta ao país e à angariação de fundos para a sua efectiva construção no norte do país, na aldeia de Rudrapur, concluída pouco depois, em 2006. Com o nome oficial de METI (Modern Education and Training Institute), a obra foi construída pela comunidade local, utilizando pouco mais que os materiais disponíveis na zona, nomeadamente argila compactada (vulgo, taipa de pilão em Portugal) e bambu, este último adquirido aos agricultores locais e utilizado em componentes estruturais e na própria fachada.