A coluna

O director do Teatro Nacional D. Maria II, onde Eunice Muñoz se estreou profissionalmente em 1941, comenta o lugar da actriz que agora desapareceu na história do teatro português: “A Eunice é de facto a coluna, sustentáculo de uma carga estrutural imensa e assombrosa, parecendo ora demasiado esbelta no seu prumo para tanto peso, ora robustíssima e capaz de ser base, fuste e capitel desta herança.”

Em 1993, tinha eu 18 anos, ouvi a voz da Eunice no palco do antigo Teatro Aberto. Estava sentado na plateia a assistir a um espetáculo extraordinário, O Tempo e o Quarto, de Botho Strauss, dirigido pelo João Lourenço. No centro de cena, marcando o cenário, como que sustentando todo o teatro, estava uma coluna. De dentro dessa coluna saía a voz da Eunice.

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Em 1993, tinha eu 18 anos, ouvi a voz da Eunice no palco do antigo Teatro Aberto. Estava sentado na plateia a assistir a um espetáculo extraordinário, O Tempo e o Quarto, de Botho Strauss, dirigido pelo João Lourenço. No centro de cena, marcando o cenário, como que sustentando todo o teatro, estava uma coluna. De dentro dessa coluna saía a voz da Eunice.